Capítulo 28

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Para onde será que esse doido tá me levando? Estávamos cada vez mais para dentro da Floresta. Draco de repente para me fazendo bater nele e cair de bunda no chão.

"Eu quero arrancar a sua cabeça Malfoy" digo entre dentes ainda com a bunda no chão. Agora eu estava com a calça molhada e suja de lama.

Ele sorri me estendendo a mão para me ajudar a levantar. Passo a mão para tentar tirar o máximo de lama e de folhas que estava grudada na minha bunda.

"Chegamos estressada" ele fala e eu reviro meus olhos.

Draco estava parado em frente a uma caverna encoberta por belas plantas. Me aproximo e toco as macias folhas que se mexem instantaneamente me fazendo recuar com a mão.

"Se eu fosse você não tocava muito nelas, as fadas geralmente ficam irritadas" Malfoy diz ficando no meu lado. O olho surpresa, até fadas existiam.

"Aqui é muito bonito" digo olhando para todos os tipos de plantas que ali existiam. "Mas por que me trouxe aqui?"

"Sei lá, pensei que você iria gostar" ele diz e chuta um monte de folhas.

"Eu gostei" digo ainda encarando as plantas. Um longo silêncio nos abraça, sendo interrompido as vezes por algum som de um animal longe. Respiro fundo e me viro para Draco. "Posso fazer uma pergunta?" Pergunto encarando ele com uma cara séria.

"Claro, o que você quer saber?" Ele responde e se apoia em um tronco de árvore.

"O que você é?"

"Como assim o que eu sou? Eu sou Draco Malfoy, bruxo da sonserina" ele responde rapidamente soltando tudo de uma só vez.

"Sim, isso eu sei. Mas tipo, você é algum tipo de ser sobrenatural ou alguma coisa desse gênero?" Pergunto ainda insistindo.

"Por que quer saber? Se eu sou ou não isso é problema meu" ele diz frio e de uma maneira rude. Franzo o cenho e o encaro. Havia me desacostumado com o jeito ignorante e mal educado de Draco Malfoy.

"Eu acho melhor voltarmos para o castelo" digo por fim dando as costas para ele. Eu não era obrigada a aguentar esse humor. Agora olhava por todos os lados em busca do caminho de volta para o castelo, o que parecia impossível já que só havia árvores iguais para qualquer ponto que se olhava. "Para que lado é o castelo?"

Ele me olha e sem dizer nada aponta com o queixo. Ele realmente havia ficado nervoso com a pergunta. Bufo alto ao ver que ele não tinha a menor intenção de voltar. Sigo tentando ir o mais reto que eu conseguiria em meio as árvores. Depois de muito tempo consigo ver o castelo em meio da vegetação. Finalmente!

Depois de chegar na cabana de Hagrid tento retirar o máximo de galhos e folhas presos em meus cabelos. Eu lhe lanço uma maldição Draco Malfoy .

Quer saber? Que se foda tudo relacionado a ele. Vou para o meu dormitório para começar a arrumar as minhas malas para as férias. Eu iria rever meus pais e ainda passaria um tempo com os Weasley. O ano já estava acabando e parecia que fazia anos que eu recebera a notícia que pertencia ao mundo bruxo. Passo pelo quadro e já ergo a minha varinha tentando fazer alguns feitiços não verbais. Falho miseravelmente e ordeno para as minhas calças entrarem dentro do malão, o que foi difícil para a minha surpresa. Depois que tudo estava dobrado e empacotado, começo a busca pelos cacarecos que havia acumulado durante a minha estadia no castelo. Cada pequeno objeto tinha um grande significado, e no fim já havia tantas lembranças que tinha conseguido com meus novos amigos. Seguro a flor que Blás havia me dado no nosso primeiro encontro, algumas fotos minhas com Haiden e o anel que havia ganho. O giro em meus dedos e guardo no bolso. Termino de recolher os objetos e me sento na cama.

Parecia que eu estava esquecendo de algo, mas não conseguia lembrar. De repentes lembro o que estava esquecendo e um grande arrepio se espalha pelo meu corpo. Me levanto e respiro fundo, tentando criar coragem. Coloco as mãos no colchão e o puxo para cima, vendo um pedaço de papel bonito. O seguro e respiro fundo. Com certeza eu não o abriria aqui. Abro de novo a minha mala e guardo a carta bem embaixo das minhas roupas.

"Vamos minha deusa, estamos atrasados para o discurso de Dumbledore. Aconteceu alguma coisa?" Haiden me tira do transe em que estava e dou um sorriso.

"Vou sentir saudades daqui. Nunca na minha vida fui tão feliz como nesses meses, mesmo quase morrendo em diversas ocasiões. Tomara que continue assim." Respondo me erguendo e segurando o braço dele. Entramos no Grande Salão, lotado como sempre, e nos sentamos nos lugares que já destinaram para nós dois. Ninguém gostaria de sentar onde uma Sangue-Ruin e um Mestiço sentaram.

Os mesmos discursos e piadas são contados pelo diretor, comemos a ceia e mal conseguíamos conversar pelas risadas altas e conversas. Foi um tempo muito bom esse que eu passei nesse castelo. Um tempo depois somos liberados para voltar aos dormitórios ou simplesmente dar uma última volta pela escola antes das férias. Eu só queria voltar para a minha cama, dormir igual a uma pedra e acordar só no dia seguinte. Sigo o caminho para as masmorras em silencio, só ouvindo a minha respiração e o som dos meus sapatos batendo contra o piso de pedra.

Escuto algumas risadas distantes, o que faz a minha respiração acelerar. Parece que eu estou num fodendo filme de terror. Elas se aproximam e param de repente. Minhas mãos tremem por um segundo, mas param quando ouço uma voz feminina atrás de um dos armários de vassouras.

Posso estar morta de medo, m as a minha curiosidade é mais forte. Me aproximo da porta para identificar a dona da voz como Pansy Parkinson. Meu estomago já se embrulha só por ouvir a voz dela, mas agora parecia que eu tinha um sapo nojento dentro dele ao ouvir a voz de seu acompanhante.

"Vamos Draco, eu já estou cansada de esperar por isso. Você prometeu que faríamos esse ano ainda" ela choraminga.

Já posso pensar sobre o que eles tinham combinado de fazer e sinto vontade de vomitar.

"Se fizermos, você promete nunca mais me encher o saco com isso?" ele pergunta e uma exclamação de alegria surge logo em seguida. Com as orelhas grudadas na porta pude ouvir o som das pesadas capas caindo no chão e risadas de alegria de Pansy Parkinson.

Saio correndo dali, nem sabia por que passei mal. A vida é dele, ele faz o que ele quiser com quem quiser. Estava quase nas portas das masmorras quando ouço novamente uma risada, só que essa risada não parecia vir de algum aluno. Me viro para ver de onde vinha, só que não consigo concluir a ação. Apaguei antes mesmo de ter a consciência de que, ali no canto das masmorras, através de um pequeno espelho posto meticulosamente por alguém, um par de olhos vermelhos encaravam uma triste Sangue-Ruim que ousara pisar dentro de um lugar sagrado como a casa de Slytherin.

My Little Mudblood [D.M]Where stories live. Discover now