Juntos na tempestade

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Sinto o calor subir pelo meu corpo quando Davi aperta minha bunda. Tiro sua camisa e continuo a beijá-lo. Suas mãos passam por baixo da minha blusa, sentir suas mãos apertando meu corpo contra o dele é uma das melhores coisas que já senti.

Enquanto Davi tira minha blusa, sinto falta dos seus lábios nos meus. Meu coração acelera ainda mais quando sua língua começa a explorar minha boca,é ainda melhor do que o nosso primeiro beijo.

Subo em cima dele e me sento em seu colo, suas mãos massageiam minhas coxas. Nunca me senti tão viva como agora. Não há outro lugar que eu queira estar que não seja ao lado de Davi.

Para a nossa infelicidade, meu celular toca, saio do colo de Davi para atendê-lo.

- Alô.
Digo.

- Oi filha! Eu queria saber se tá tudo bem, vi que começou a chover forte e fiquei preocupada. Disse minha mãe.

- Eu tô bem, pode ficar tranquila. Respondo, deixando ela mais calma.

- Onde você tá?
Pergunta.

- Eu tô na casa do Davi.
Quando respondo, minha mãe fica um tempo em silêncio.
- Mas a gente não tá fazendo nada demais, só estamos assistindo um filme.

Quando falei que não estava fazendo nada demais, olhei para Davi e ele estava rindo.

- Tudo bem, mas volte para casa no horário combinado.
Diz minha mãe.

- Às 2:00?
Pergunto.

- Pode ser, me liga se acontecer alguma coisa tá?

- Tá bom.
Respondo, ela desliga logo em seguida.

- Nada demais, né?
Disse Davi num tom sarcástico.

- É, nada demais.
Respondo rindo.

É a primeira vez que vejo Davi sem camisa pessoalmente, e MINHA NOSSA! É melhor do que por foto. Eu disfarço antes que ele perceba que estou encarando seu corpo.

Até que a luz da sala se apaga, a televisão desliga e a rua toda fica escura.
Só quando a televisão desliga e o silêncio toma conta da casa, posso ouvir o som da chuva. Os trovões são de assustar, quando um raio atinge o chão, pode ser ouvido a quilômetros de distância.

Desde pequena,tenho medo, ou melhor, pavor de tempestades. É um trauma que marcou minha infância quando minha casa quase foi destruída. Só não foi porque ela é resistente.

Davi começa a rir do susto que levo quando as luzes se apagam e o som dos raios tomam conta.

- Isso não tem graça.
Digo seriamente.

- Não mesmo.
Diz Davi ainda rindo.
- Vou procurar uma vela ou uma lanterna.

- Não vai me deixar aqui sozinha, vai?
Falo.

O resto de bateria que ainda tinha eu meu celular acabou quando falei com minha mãe. E por ironia do destino, o celular de Davi também está descarregado. Se isso não tivesse acontecido, poderíamos usar a lanterna do celular, o que é muito mais fácil que encontrar uma vela.

- Davi?
Digo quando não o vejo mais.

Posso ouvir as gavetas da cozinha sendo abertas, se ele nem sabe onde guardou, imagina encontrar no escuro.

- Eu não encontrei nada.
Diz Davi.
- Ai!

Davi tropeça na cadeira me fazendo rir como nunca.

- Isso não tem graça.
Diz Davi rindo.

- Claro que tem.
Respondo ainda rindo.

Aos poucos, minha visão vai se acostumando com o escuro, mas os raios ainda me dão arrepios.

- Você tá com medo?
Pergunta Davi, como se estivesse preocupado.

- Não, porque eu estaria?
Respondo.

- Não precisa ficar com medo, eu vou proteger você.
Diz Davi, se aproximando de mim.

- Tá bom, mas não estou com medo.
Nessa hora, um raio me assustou tanto que pulei para os braços de Davi sem perceber.
Ele começou a rir sem parar.
- Talvez só um pouco.

- Só um pouco.
Diz Davi rindo ainda mais com a minha resposta.

Acho que essa é uma das melhores noites da minha vida.
Davi me abraça e eu retribuo, agora me sinto mais segura do que nunca.

NerdWhere stories live. Discover now