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Um término misterioso

Levei um susto quando a luz voltou, a primeira coisa que fiz foi pedir um carregador para Davi. Quando liguei, tinha dez mensagens da minha mãe e cinco chamadas perdidas do meu pai. Aposto que a luz acabou lá também, por isso eles ficaram preocupados. Meu pai ligou novamente e eu atendi.

- Oi Pai!
Falei.

- Ana Clara, nós ficamos muito preocupados com você! Tá tudo bem? A luz também foi embora aí?
Disse preocupado.

- Tá tudo bem, aqui também ficou sem luz, mas já voltou.
Respondo, deixando ele aliviado.

- Você não respondeu às mensagens e nem atendeu nossas ligações.
Disse meu pai.

-Meu celular estava descarregado.
Respondo.

- Entendi, você já tá vindo?
Pergunta, olho para Davi e penso por um tempo, acho melhor ir antes que a luz acabe de novo.

- Eu já tô saindo, daqui a pouco já estou aí.
Digo.

- Ok, até daqui a pouco então.
Responde.

- Até.
Falo e desligo.

- Não quer ficar mais pouco?
Pergunta Davi me olhando com cara de criança querendo doce.

- É melhor eu ir, mas a gente se vê amanhã.
Digo deixando ele feliz.

- Então tá, eu te levo.
Diz Davi.

- Ok.
Respondo.

Nós saímos, Davi pegou um guarda chuva, nem estava chovendo muito, mas segundo ele, eu posso acabar pegando um resfriado.
Davi me deixou na porta de casa e me deu um beijo de despedida.

- Tchau linda!
Disse ele com aquele sorriso que me derrete.

- Tchau!
Respondo com um sorriso.

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Acordo cedo, como sempre. Vou para cozinha e vejo minha mãe na mesa.

- Bom dia mãe!
Digo com um sorriso.

- Bom dia! Dormiu bem.
Diz com um sorriso maior que o meu.

Me sento e coloco meu café.

- Então, vai tirar o dia pra estudar pra prova?
Pergunta minha mãe tomando o café.

- Depois de ir falar com a minha prima.
Respondo, minha mãe fica preocupada.

- Aconteceu alguma coisa com ela?
Pergunta.

- Não, não é nada grave. É que parece que o Pedro terminou com ela. Ela saiu do parque chorando ontem.
Digo.

- Nossa, ela deve estar muito triste.
Diz minha mãe colocando mais café na xícara.
- Falando nisso, como foi com o Davi ontem?

- Foi bom, pena que não deu pra ver a chuva de meteoros.
Respondo.

- Eu tô falando de como foi na casa dele.
Diz ela com um sorriso no rosto. Deixei escapar um sorriso também.

- Foi normal.
Digo com um sorriso.

- Sei. Você sabe que pode me contar tudo, eu não vou contar pro seu pai.
Ela disse a última frase sussurrando, me fazendo rir.

Contei um pouco do que aconteceu pra ela, no início fiquei um pouco envergonhada, mas depois, parecia que eu estava falando com uma das minhas amigas. É aí que a gente percebe que nossas mães são as nossas melhores amigas, além de nos escutar e contar as suas próprias experiências, elas nos dão conselhos sábios que nós levamos para o resto da vida.

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Estou na porta de Juliana, eu preciso falar com ela. Quem abre a porta é meu tio, eu entro e pergunto onde Juliana está. Ele diz que ela está no quarto e eu subo as escadas em direção a ele.
Bato na porta antes de entrar, quando abro a porta, me deparo com uma garota com olhos vermelhos. Ela parece ter chorado muito, Juliana estava muito próxima de Pedro nesses últimos dias, acho que isso foi o que a deixou ainda mais triste.Me sentei na cama e comecei a falar com ela.

- O que aconteceu? Porque você saiu chorando daquele jeito? O Pedro fez alguma coisa pra você?
Pergunto preocupada.

- Ele me disse que...
Parecia que ela não queria falar.

- Ele disse o que?
Pergunto, esperando ela completar a frase. Estou muito curiosa.

- Ele disse que não quer ficar comigo pensando em outra pessoa.
Responde Juliana.

- Como assim? Pensando em outra pessoa?
Fico sem entender.
- Você sabe de quem ele estava falando.

- Eu desconfio que seja da Kelly.
Diz.

- Eu sinto muito.
Digo, tentando deixar ela mais calma.
- Você merece coisa melhor.

- É que, nós estávamos mais próximos nesses últimos dias, próximos até demais.
Quando ela disse " próximos demais" entendi do que se tratava.
- Semana passada eu fui pra casa dele, ele estava sozinho, então acabou rolando.

- Por que você não me disse?
Perguntei.

- Não achei que era importante, eu só achei que ele me amava.
Responde Juliana com tristeza nos olhos.

- Você vai encontrar outra pessoa.
Digo.

- Nunca vou achar alguém como ele.
Responde.

Dou um abraço em Juliana, tentando confortá-la.
Estou com muita raiva de Pedro, não acredito que ele fez isso. Depois de tudo o que fiz para ele e Juliana ficarem juntos. Amanhã vou conversar com ele, tenho que descobrir quem é essa garota que o fez terminar com a minha prima.