CAPÍTULO DEZ

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AYLA

Sinto um leve toque no meu pé, e logo meu corpo todo está consciente da sua presença. Mas eu não consigo me mexer direito, meu corpo está aparentemente dormente. Me, forço a me mexer.

— O que aconteceu comigo? – me sento olhando para ele, que está sentado aos meus pés. – Eu não estava assim tão cansada. – ele puxa os lábios de canto, forçando um sorriso, olhando para meus seios. Me, dou conta que nem percebi que o lençol escorregou.

— É o incenso ele é próprio para relaxar. – ele vem até mim e beija meus lábios. Quando penso em retribuir, ele se afasta beijando meu pescoço e descendo até um de meus seios.

— Hum! – solto um gemido. E ele se afasta novamente.

— Está com fome? – ele volta a sentar-se aos meus pés e eu vejo uma bandeja com comida ao seu lado. – Trouxe uma salada e grelhados. – olho para ele por um tempo, sem acreditar na facilidade que ele tem em mudar de assunto. Ele me olha com uma sobrancelha levantada.

— Estou... Mas também curiosa, em como você consegue mudar de assunto tão rapidamente e ficar assim, como se nada tivesse acontecendo? – sua risada baixa me causa arrepios. Eu gostaria muito de ser imune a ele, como ele é a mim. Só um pouquinho pelo menos.

— Ajo naturalmente. — ele dá de ombros. – É só aprender a controlar suas emoções.

— Não é algo tão fácil! – respiro fundo, olhando para a comida.

— Então vamos comer e conversamos.

Ele coloca a bandeja perto de mim e, se aproxima, eu me cubro melhor, para tapar minha nudez. E começamos a comer. Aceito o prato que ele me entrega, e comemos tranquilamente.

— Você mudou sua viagem, só por minha causa? – pergunto depois de um tempo, enquanto comemos. Ele toma um pouco de suco.

— Porque pra você isso parece ser algo espantoso? – dou risada.

— Está vendo você está fugindo da resposta com outra pergunta.

— Não estou fugindo, só não entendo porque pra você isso causa espanto. – ele da de ombros. — Sim foi por sua causa! – ele coloca seu prato na mesinha.

— Não sei na verdade, mas eu acho que é porque ninguém fez algo assim por mim. – vasculho na minha mente, mas nem é preciso procurar muito, porque não há.

— Eu sinto e não sinto ao mesmo tempo. – me espanto com sua resposta. – Gosto de saber que sou o primeiro e único a fazer isso. – sua sinceridade é crua.

— Eu sinto. – falo numa voz baixa, teria sido bom ter sido tratada dessa maneira, um tempo atrás. E o fato de pensar nisso sou levada, a pior noite da minha vida com as piores lembranças possíveis.

"venha Ayla – sua voz é dura – Não comece a ficar de gracinha agora – ele agarra meu braço com força.

Me, deixa Bruno! – tento escapar, mas ele me segura forte. Olho em seus olhos e vejo como estão dilatados e vidrados – Eu não quero! – falo mais alto e ele não gosta, então eu sinto o primeiro tapa.

Você não tem que querer, sou eu que decido! – ele começa a tirar o cinto e eu olho para todos os lados sem escapatória.

Eu não quero! – grito na esperança que alguém me ouça. O que não acontece"

— Ayla! – sinto um toque em meu rosto. Me, afasto batendo na mão que sinto me tocar. – Ei.

— Não quero! – me debato na cama e escuto barulho de algo quebrando. As lágrimas rolam por meu rosto livremente. É sempre assim, toda vez que lembro. Braços me envolvem. – Eu falei não, por favor! – sinto aquela dor no meu peito, minha respiração está presa.

A Escolhida do Sheik [Re-postando]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora