CAPÍTULO DEZENOVE

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Eita que o povo ficou bravo... 

Calma gente, os surtos aqui só estão começando.. hahahaha

Boa leitura
❤️

ALMIR FARUK

Vejo como seu olhar vacila por um mero momento enquanto nos encaramos em silêncio, após eu insistir no porque dele ter feito o que fez. Mas ele desvia o olhar para algo atrás de mim. Não consigo acreditar que ele tenha feito isso somente pelo que aconteceu na Espanha.

—Me de um bom motivo para você ter feito o que fez Ibrahim. — baixo o tom da minha voz, ao voltar a perguntar.

— Eu... — ele solta o ar pesadamente e esfrega o rosto. — Eu a amo, ou a amava. Não sei agora. – sua declaração me deixa sem reação, continuo observando seu rosto e vejo que uma certa vergonha toma conta dele. – Loucura não acha? — ele tenta sorri.

— Loucura foi o que você fez, não o que você sente. – respiro fundo buscando serenidade. – Porque nunca falou comigo sobre isso? – ele ri diante da minha pergunta.

— Falar o que? Meu irmão eu amo sua prometida, deixe eu casar com ela? Sério Almir? – ele levanta e começa a andar pelo escritório nitidamente nervoso. – Como eu falei foi melhor assim, agora você está livre do compromisso, e ela não irá tentar te prejudicar mais.

—Prejudicar mais? — pergunto sem entender o que ela poderia fazer para me prejudicar.

— Sim como fez na Espanha, e tentou fazer aqui. – ele me olha. — Era para ser você naquele quarto, não eu. — diz me olhando.

— Como você soube disso?

— Depois que você me deixou em casa, um bom tempo depois ela me apareceu, toda desesperada pedindo ajuda porque você iria rechaçá-la no templo, e me pediu ajuda para conseguir fazer o que acabou fazendo, ela só não esperava que fosse eu lá. – ele me olha agora entendo a revolta de Najla. – Eu poderia ter somente te avisado, mas sei que você jamais me deixaria fazer o que fiz!

— Isso você tem toda razão, não deixaria porque isso foi uma total loucura. – passo as mãos no rosto, buscando alguma solução lógica, e as coisas começam a se encaixar. – Ela pensou que seria eu na cama? – Ibrahim concorda coma cabeça.

— Albayis! (desgraçada) – bato meu punho na mesa, amenizando a vontade de fazer isso com a cara daquela cobra. – Mas como eu não iria saber quando ela entrasse no meu quarto? — sinto meu coração disparar com a possibilidade que se passa em minha mente.

— Ela me pediu para colocar algo em sua bebida. – ele confessa o que eu temia, lembro do chá que tomei e logo em seguida apaguei. – Eu fiz, mas tirei você do seu quarto e fiquei em seu lugar, não me orgulho nem um pouco, mas não me arrependo também. — ele da de ombros. — Eu tentei conversar com ela para que desistisse, mas ela está cega por você, não iria parar tão cedo, ela quer você de qualquer maneira.

— Por Allah eu não consigo acreditar nisso! – olho para ele incrédulo. – Há quanto tempo você sente isso por ela?

— Não sei, acho que desde sempre. – ele abaixa a cabeça, nitidamente envergonhado. – Eu a conheço desde criança, mas nunca passou de uma amizade, nunca a desrespeitei, sempre a tratei bem, mas nunca deixei transparecer nada. Pelo menos era o que eu achava.

— E ela desconfiava do que você sente?

— Achei que não, mas quando ela quis me comprar, deixou claro que se eu fizesse o que me pediu eu poderia cobrar dela da maneira que eu quisesse. – meu estômago chega a embrulhada em imaginar isso.

A Escolhida do Sheik [Re-postando]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora