ALMIR FARUK
As horas passam numa lentidão que só faz aumentar minha agonia. Nenhuma ligação. Nenhuma notícia. Nada. Em pensar que ela pediu para que ficasse com ela, e eu não fiquei. A dor atroz rasga meu peito, dilacerando meu coração. Não posso perder o controle. Não agora.
— Alsyd? – fecho meus olhos ao ouvir a voz de Jasmim. – A mãe da Ayla chegou, Jamal foi com Zayed buscá-la no aeroporto. – concordo incapaz de pronunciar algo. – Quer alguma coisa? Um chá, um suco o senhor não come nada desde ontem.
— Agradeço sua preocupação. – viro-me para ela. – Como vou conseguir comer alguma coisa sem saber se ela está bem? – passo as mãos nos cabelos, já cansado de não ter nenhum sinal.
— Mas ficar sem comer também não vai ajudar, alsyd tem que estar disposto e bem para quando ela voltar. – por um momento eu me agarro a fé de Jasmim, porque a minha não sei onde está. Ela sorri. – Não duvide disso nunca, tenho pedido a cada minuto por ela. – ela baixa a cabeça.
— Me traga um chá então. – falo e vejo que isso a agrada. A porta do escritório é aberta e Zayn entra.
— Almir! – ele vem até mim. – Fiquei sabendo agora pelo noticiário porque não me avisou?
— Noticiário? – o encaro sem saber do que ele está falando. – Não iam segurar essa noticia o máximo possível? – pergunto, mas nenhum dos dois pode me responder. Bato na mesa derrubando algumas coisas.
— Ah! – percebo que assustei Jasmim.
— Me, desculpe. – sento na cadeira, cansado, sem dormir, e ainda estando sob o efeito de algumas doses de bebida que consumi a noite. – Só quero ficar sozinho.
— Eu vou buscar um chá e já volto, será bom. – ela sai nos deixando sozinhos.
— Não vou falar que sei o que você está passando, porque não tenho ideia, mas imagino que não deve estar sendo fácil, também não vou te deixar sozinho, então não insista ok? – ele bate no meu ombro. – Em todas as horas lembra?
Passado algum tempo que estamos em silêncio, Jamal entra no escritório. Me, encara.
— Levei a senhora Magnólia até um dos quartos e a deixei ciente do que está acontecendo, avisei que assim que possível o senhor irá até lá.
— Como sempre direto Jamal. – Zayn comenta.
— Tem situações que a melhor maneira de lidar com ela é encarando os fatos de frente. – ele responde. – Vou voltar as investigações, ver se já descobriram alguma novidade sobre a tal mulher.
— Qualquer coisa me avise. – falo me levantando e indo falar com a mãe da Ayla.
— Aonde você vai? – olho para Zayn que me pergunta preocupado.
— Enfrentar a situação de frente, e depois vou tomar um banho! – saio do escritório indo em direção aos quartos. Procuro em dois quartos até achar onde Magnólia está. Assim que entro me deparo com Izabel e Magnólia conversando.
— Vou deixar vocês sozinhos. – Izabel sai do quarto.
— Não era desta maneira que eu esperava te recepcionar Magnólia. – sento na cama. – Me, desculpe por não ter ido buscar você.
— Alguma novidade? – ela me pergunta com uma calma que eu invejo.
— Até o momento conseguiram identificar a mulher que a tirou de dentro da casa, mas não a localizaram ainda. – ela senta-se ao meu lado e passa a mão em minhas costas. Esse toque dela basta para eu sentir um tremor no meu corpo.
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A Escolhida do Sheik [Re-postando]
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