She gave me a heart attack just because she looked so adorable.

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Ela me deu um ataque cardíaco só porque ela parecia tão adorável.

Sunburn – Owl City


Havia cerca de duas semanas que havíamos voltado dos EUA. Nesse meio tempo, Tom finalmente conheceu o restante da minha família e meus amigos mais próximos como meu namorado oficialmente.

Meus pais o conheceram em um jantar que eu e Julie organizamos e foi uma situação bastante engraçada, pra dizer no mínimo.

-Bem, Thomas, a Megan disse que você é ator?- minha mãe perguntou dando uma garfada em sua salada.

-Sim, senhora Harrison – ele respondeu gentilmente – Não faço grandes papéis, mas os que eu já interpretei são muito especiais pra mim – Tom me lançou um leve sorriso em minha direção e eu olhei para Julie e Mat tentando não dar uma gargalhada. Realmente, Tom Hiddleston nem era um ator mundialmente conhecido, estrelando em estúdios internacionais como a Marvel, rendendo milhões em bilheterias e trabalhando com ótimos diretores de Hollywood. Só fazia papéis pequenos mesmo – Ah e, por favor – o ator retomou sua fala – Me chame de Tom.

-Certo, sabe... Tom. Eu e meu marido não sabemos muito sobre o mundo das artes, do teatro... – mamãe continuou calmamente olhando para o genro – As meninas quem se interessam mais sobre esses grandes autores. Eu mesma não conhecia muito Shakespeare antes de trabalharmos lá em sua antiga casa – fez uma pausa – Mas penso que é impossível não se apaixonar, nem que seja um pouquinho, por sua história de vida – ela deu um risinho rápido.

-Concordo plenamente. Eu já tive a honra de representar alguns personagens criados por ele e já incorporei algumas características de seus papéis em personagens que interpretei – sorriu levemente – Pra mim é realmente encantador.

-Mãe, eu já tinha te contado que eu conheci o Tom lá na casa do Will – fiz uma breve observação olhando para os dois.

-Filha, sabe como sua mãe é – meu pai se pronunciou – Vive se esquecendo de certos detalhes – tomou um gole de vinho – E agora, Tom, em qual projeto está trabalhando?

-Estamos terminando as gravações de dois filmes que estão sendo filmados juntos e começarei um segundo trabalho na dublagem de uma animação – sorri largamente para o homem ao meu lado.

-Que interessante – meu pai comentou.

-É sempre bom estar aberto para desafios. Estou sempre a disposição para novos projetos – e assim partimos para a sobremesa.

-Acho que me sai bem, então – Tom me disse enquanto estávamos nos despedindo do lado de fora de casa – Apesar de ter que fingir que não conhecia a casa – ambos rimos e eu fiz um breve sinal de Shhhhiu brincando é claro.

-Eles não podem nem suspeitar que você já dormiu no meu quarto – respondi fingindo estar séria.

-É, mas você não estava lá – ele me deu um breve beijo e me puxou para um abraço. Sempre que nos cumprimentávamos ele se abaixava, me beijava e colocava seus braços por cima do meu pescoço me puxando para um abraço firme. Por mais que eu tentasse, não conseguia me desgrudar de seus braços e, por muitas vezes, queria manter aquele toque por mais tempo do que Tom permitia. Seus abraços eram o melhor lugar do mundo para se estar e eles eram tão delicados e meigos que me faziam suspirar. Ás vezes eu me perguntava: Por que ele tinha que me abraçar tão forte? Pra aumentar a minha vontade de morar naquele abraço? O britânico se separou lentamente e continuou me encarando.

-Espero que tenha gostado – ele sorriu com meu comentário – Vai viajar amanhã cedo? – observei seu rosto mudando e formando uma expressão exagerada de desgosto como uma careta. Dei um leve empurrão em seu braço – Não faça essas caras pra mim – ele fez menção de me imitar, mas pareceu mudar de ideia e começou a brincar com meus braços e me lançou um sorriso largo e forçado, que fez com que eu me derretesse por dentro de tanta fofura. Tom sempre fazia isso enquanto conversávamos. Ele dava apertos em minha bochecha, tocava levemente meu nariz, balançava meus braços, batia repetidamente em minhas mãos com as suas com uma série de HI- 5, sacudia e se apoiava em meus ombros, dava tapinhas nas minhas costas quando nos abraçávamos... Enfim... Sempre me surpreendia com seus repentinos toques em mim. Eu achava tudo aquilo tão espontâneo. Entendia o motivo de ele ter virado ator: suas expressões, seu jeito orgânico de fazer as coisas. Ele fazia tudo porque, simplesmente, estava com vontade. E sua espontaneidade era uma de suas qualidades que mais me encantavam. Fora sua incrível capacidade de fazer com que tudo parecesse bem, mesmo que as coisas não estivessem 100%.

- Ficarei com saudades, mas prometo ligar assim que puder – nos abraçamos novamente quando ele disse isso.

-Estarei esperando, senhor Hiddleston – respondi sussurrando em seu ouvido e sentindo cada parte de seu corpo que tocava no meu.


The End for UsWhere stories live. Discover now