Do I gotta convince you That you shouldn't fall asleep?

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Será que eu preciso te convencer
De que você não deveria ir dormir?

Lost in Japan – Shawn Mendes.

E assim mais um mês foi se passando. Eu ia até Oxford para estudar e fiz algumas viagens para a Dinamarca por conta de novas runas nórdicas que foram descobertas por lá. Muitos arqueólogos estavam trabalhando no local, pois, além dos materiais escritos, havia muitos itens de uso diário que tinham sobrevivido ao longo do tempo e grandes possibilidades de se encontrar uma fortaleza viking. Dessa forma, tive de permanecer indo e voltando do sítio próximo a Copenhague para o hotel.

Tentava falar, pelo menos em algum momento do meu dia, com Tom, meus pais e alguns de meus amigos, especialmente Emily. Ela sempre estava disposta a me ouvir, mesmo nos piores momentos de insegurança e dúvida. Ela era um verdadeiro anjinho na minha vida e uma das poucas pessoas que conheciam Tom. Minha amiga respeitava muito a minha privacidade, apesar de também admirar muito o trabalho dele e de ser mega fã do Loki. Porém, ela era, na verdade, apaixonada pelo Thor e eu disse a ela que um dia a levaria para encontrar com Chris Hemsworth pessoalmente. Ela quase me matou de tanto que me abraçou quando fiz essa promessa.

Depois que voltei dessa expedição, comecei a fazer a minha lista de relatórios para compor a média das minhas notas no fim do semestre. E, Caramba! Ás vezes eu tinha vontade de jogar tudo pro alto e nunca mais fazer nada disso! Porém, lá no fundo, me dava uma sensação muito boa de dever cumprido quando conseguia realizar todas as minhas tarefas a tempo. E eu achando que escrever um livro era complicado. Aliás, Rickard, o editor do meu livro, ainda queria que eu fizesse outra viagem para os EUA para receber outros exemplares de outras edições que a editora havia feito. E eu avisei que só estaria livre bem mais pra frente porque nesse momento não tinha condições!

E, no meio disso, tinha o Tom. Eu sempre tentava manter meus olhos abertos quando ele me ligava tarde da noite por conta do fuso-horários, mas era bem difícil. Ele fazia piadas como sempre, me contava as novidades e eu tentava me manter atenta a boa parte da conversa, mas houve dias em que o ator percebia minha desatenção por causa do cansaço e então apenas dizia:

- Quero que saiba que eu estou morrendo de saudades e eu queria muito te manter acordada por um pouquinho mais de tempo – sua voz preencheu meus pensamentos e então dei um sorriso fraco.

-Também queria poder me manter acordada e sem sono todas as vezes que você me liga – bocejei por um breve instante – Não paro de pensar em você um dia sequer – dei um novo sorriso e pude ouvir uma risada do outro lado da linha.

-Se eu pudesse, voaria até a Inglaterra em um piscar de olhos. Usaria um portal do Dr. Estranho só para te ver – dei um risinho baixo, lembrando que eu mesma já tinha viajado em um desses portais – Mas, vou preferir deixar você dormir em paz apesar de querer manter essa conversa por tudo que é mais precioso nessa vida – dei um sorriso largo, já fechando os olhos – Boa noite, Meg. Durma bem – e ele apenas desligou o telefone enquanto eu desabava na cama.


The End for UsWhere stories live. Discover now