The End for Us

He's so bad, but he does it so well

Ele é tão mau, mas ele faz isso tão bem.

Wildest Dreams - Taylor Swift

Estávamos em um tipo de baile asgardiano. Todos estavam comemorando, com seus trajes de festa luxuosos e copos em suas mãos, provavelmente cheios de Hidromel. Thor, Heimdall, Sif e os três guerreiros estavam presentes e um instrumental leve ressoava pelo local. Eu continuava sentada em uma das cadeiras localizada próxima a uma mesa repleta dos mais variados pratos e receitas asgardianos. Tudo era puramente encantador.

Decidi me levantar lentamente e senti sua voz ecoar pelos meus ouvidos, enquanto ele sussurrava:

-Até quando você vai continuar fingindo que não sente atração por mim?! – fiquei extremamente tensa e meus pelos se arrepiaram por inteiro. Tentei respirar fundo. Mantenha a calma! Virei-me para ele tentando esboçar o meu sorriso mais natural, enquanto o deus esbanjava seu sorriso maligno. Estávamos próximos o suficiente e eu lutava contra minha vontade de desviar do seu olhar. De repente, o som que começou a tocar era Take a me Church e olhei em volta tentando encontrar a origem da música.

-Sabe, Meg, você me entende – o deus moveu meu queixo, me forçando a olhar dentro de seus olhos vibrantes. Esbocei uma expressão confusa, uma vez que, não conseguia compreender como eu poderia entendê-lo. Logo eu que não conseguia desvendá-lo por absolutamente nada em todos os nove reinos. Ele era como um lobo solitário e enigmático o qual não se podia prever sua reação sobre absolutamente nada, mas ao mesmo tempo ele parecia estar achando graça de tudo aquilo. Loki continuava sorrindo para mim até que eu perguntasse:

- O que foi? – falei dando uma risada simples, tentando esconder o meu nervosismo.

-Você, Megan – ele fez uma pausa – Você – meu corpo tremeu quando ele repetiu o pronome.

O tom sombrio da música preencheu os meus ouvidos e fiz menção de dizer algo, porém Loki foi mais rápido – Venha comigo, Megan – ele juntou nossas mãos e seu toque era frio. Tentava lutar contra mim mesma ao tentar não segui-lo, ao tentar permanecer ali na festa.

Porém, sua voz e sua presença pareciam ser um tipo de droga. Uma droga da qual eu estava sofrendo de abstinência por mais tempo do que eu poderia aguentar. Levantei a barra de meu vestido longo e azul turquesa, apertei mais nossas mãos e caminhei atrás de sua figura.

A música ainda nos acompanhava ao mesmo tempo em que entrávamos em um longo túnel escuro. De repente, ouvi sua voz dizendo lentamente enquanto suas mãos envolviam minha cintura:

-Eu sabia que algum dia isso aconteceria, Meg – fez uma pequena pausa enquanto eu tentava abstrair o seu toque e sua voz ecoando dentro da minha mente – Sabia que esse dia chegaria – tentei colocar minhas mãos em alguma parte de seu tronco, porém não o sentia mais próximo de mim. Até que no instante seguinte eu não conseguia mais enxergar sua silhueta em minha frente:

-Loki? Loki, por favor me responda! – fiz uma pausa começando a me desesperar – LOKI! Aonde você foi? – corri rapidamente, cada vez mais dentro daquele túnel – LOKI? LOKI! LOKI! – cai ao chão com lágrimas em meus olhos – Eu estou perdida sem você, Loki. Por favor – comecei a gritar – EU QUERIA TER DITO TANTAS COISAS! EU... – tentei me erguer sem sucesso – SÓ QUERIA QUE VOCÊ SOUBESSE... – minhas lágrimas expressavam toda a angústia, toda a mágoa que eu não conseguia tirar do meu coração. Todas as sensações que doíam dentro do meu peito, as quais eu tentei inúmeras vezes aprisionar.

Minha visão era turva e eu não conseguia enxergar muito bem o que acontecia. Comecei a sentir o túnel se estreitando até que ouvi minha própria voz, dentro da confusão de sentimentos que rondavam a minha mente:

-Acorde, Meg. Isso é um sonho. Você está sonhando. Acorde, Meg.

Me vi novamente no sofá do quarto do hotel e tentei manter a calma. Não tinha ideia de como eu tinha conseguido me acordar de um sonho. Só sei que foi bizarro e assustador!