Capítulo 10

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Lauren Jauregui | Point Of View

— Então quer dizer que eu salvei vocês? – Pergunto ainda processando a informação que eu era mãe. Meu Deus eu tinha uma filha!

— Eu engravidei no meu último cio, dois meses antes dos jogos... – Ela diz com um sorriso que não saia de seu rosto.

— Passei esse tempo todo em coma, perdi o nascimento dela... – Murmuro querendo chorar.

— Dele, o nome é Khaleb. – Ela faz carinhos em meus cabelos, para me acalmar.

— Está ali fora com Vero, Ally e Demi, que eu acho que precisam fazer o delas, as três não param de babar no nosso bebê.

— Eu quero ver ele Camz. – Minha ansiedade crescendo no peito.

— Calma, eu vou trazê-lo... Mas me deixa te aproveitar um pouco, eu consegui te encontrar a pouco tempo, preciso matar a saudades. – Ela me beija suavemente. – Enquanto você esteve desaparecida, a capital em peso estava te procurando, não puderam me levar para te ver, porque corriam o risco de entregar a localização desse refúgio, já que estávamos sendo vigiados.

— E como você chegou aqui? – Pergunto.

— Com ajuda de Normani e Dinah, elas são um pequeno grupo que também ajudou no seu resgate. Estamos no subterrâneo do extinto distrito treze. Está um caos lá fora Lauren. A economia quebrou, o governo está tentando conter as revoltas, mas não tem mais apoio dos pacificadores, que estão dificultando a chegada de comida na Capital entre outros recursos, estávamos esperando você ficar cem por cento para darmos entrada na parte final do plano.

— Que plano.

— Conquistar o governo e pôr um fim nos jogos, dessa vez, para sempre.

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Camila Cabello | Point Of View

— Olha quem veio ver a mama. – Digo com o meu pequeno tesouro nos braços.

Lauren está sentada, meio dormindo e desperta com a nossa visita.

— Porque não me disse que iria trazê-lo agora. – Ela diz, passando as mãos em seus cachos.

— Porque senão, teria perdido a graça da surpresa. – Dinah diz entrando logo atrás de mim. Em seguida Ally e Demi, se juntam a nós.

— Ele é tão lindo Camz. – Lauren diz, quando entrego nosso pacotinho para ela.

— Está quieto, acabou de mamar. – Sorrio orgulhosa.

— Ele tem sua boca. – Ela diz passando a mão em seu rostinho.

Ele parecia interessadíssimo em sua mama, já que ficava quietinho com a mão na boca e atento a tudo que ela dizia.

— Como não percebi, geralmente o cheiro da ômega muda... – Ela fala com si mesma.

— Eu tive uma gravidez assintomática amor. – Explicou. – Sem grandes enjoos, descobri, porque comecei a me sentir fraca, e o médico me analisou, apontando a causa. – Pego ele no colo, já que ela estava ligada a cabos e ele queria puxar. – Mas foi a melhor coisa que eu pude ter. – Passo meu rosto, sobre sua bochecha dele.

— Seu filho é um charme, esses olhos verdes... – Vero diz brincando, enquanto entra.

— Vero! – Lauren diz eufórica. – Fiquei preocupada com você.

— Eu também, você quase me mata de susto mulher! – Ela abraça delicadamente a Lauren.

— Por que ela ainda está nessa cama? – Direciona a pergunta a Dinah.

— Mesmo com os genes de alfa ajudando, nós aqui do distrito treze, não temos os melhores equipamentos médicos... – Sua voz soa com pesar. — Senão ela já teria acordado a um bom tempo.

— Podem me deixar a sós com Camila? – Lauren pede.

— Sim, qualquer coisa, nos chame. – Ally diz saindo e levando as garotas com elas.

— Já que eu perdi o nascimento dele, pode me contar, sobre a gravidez? – Ela diz sorrindo triste.

— Tudo bem amor, segura ele um minuto? – Peço entregando a ela, enquanto procuro em meu celular uma imagem do primeiro ultrassom.

FlashBack

Eu estava atrasada para a segunda ultrassom. A preocupação constante com Lauren, só não era maior, porque eu recebia cartas toda semana, de uma tal de Ally e as vezes de Dinah dizendo que ela estava bem e com algumas fotos dela dormindo, eu sabia que ela estava sumida desde os jogos e a dor no peito apenas crescia.

Então, sem que eu pudesse fazer muita coisa, no final da tarde, meu pai e eu chegamos na clínica para mais uma ultra do meu bebê. Aquela era uma regalia que eu só tinha por ser filha do prefeito da cidade, ele conseguia um ótimo acompanhamento médico no distrito dois para mim e o meu bebê.

A única novidade era que Khaleb havia se mexido e mudado de posição de uma semana para a outra, coisa que eu percebi depois de sentir ele se mexer muitas vezes durante a noite em mim. Ele era um enorme bebê. Já dava para ver melhor seus traços no exame, suas pernas, braços e os dedos minúsculos. Toda vez que o via sentia uma emoção diferente e, queria que Lauren estivesse ali comigo, dividindo esse momento.

Meu pai sempre saia emocionado do consultório, a ideia de ter um netinho o agradava demais, além de que, quando estávamos em casa, vivo pegando ele vendo as imagens do ultrassom que eu costumo ganhar a cada vez que eu faço o exame.

O quarto que era meu, agora estava todo decorado de azul, e eu tinha pedido a ele que não comprasse nada, afinal a crise estava acabando com o nosso distrito. Mas ele era teimoso e mesmo assim, tinha ele mesmo montando tudo na carpintaria de seu velho amigo, Louis.

FlashBack

— Você foi tão forte Camz. – Lauren diz, agora ninando nosso filho, que dormia.

— Não, você foi, nós não estaríamos aqui, se você não tivesse se oferecido como tributo.

— Eu vou cuidar de vocês, eu prometo. – Ela diz me passando ele, onde coloco no carrinho de bebê. — Quando receberei alta? – Ela diz apreensiva.

— Conversei com Normani, o mais tardar na sexta.

— Mas ainda é segunda. – Diz com desgosto.

— Precisa estar completamente curada, eu quase te perdi, não me assuste de novo. – Digo encerrando o assunto.

— Deita aqui comigo? – Ela diz, abrindo espaço na cama.

— Tem certeza? – Eu questiono, porque o espaço era minúsculo.

— Eu quero sentir seu cheiro, daqui de pertinho. – Ela diz sorrindo convencida.

— Tudo bem. – Me aproximo ajeitando o lençol e se deitando ao seu lado grudada.

Ela encosta seu corpo em mim, e me viro ficando de conchinha, passando a fazer vários carinhos em seus cabelos porque sei que ela gosta.

— Dorme amor. – Digo baixo, sentindo que ela estava adormecendo.

— Eu te amo Camz. – Ela diz, finalmente se rendendo.

— Eu também te amo vida.

WANTED - ABOWhere stories live. Discover now