Capítulo 19

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Melanie

— O que você está fazendo aqui? - Sinto um incômodo na garganta, forço uma tosse e volto a encarar ele.

— Vim atrás de você, não está óbvio? - Se encosta no balcão ao meu lado.

— Como você sabe esse endereço e quem disse que eu estava aqui?

— Coloquei um rastreador em você. - Arregalo os olhos.

— Ai meu Deus, eu estou brincando Melanie. - Nega com a cabeça. — Falei com Marry, ela disse que estava bêbada e mandou o endereço. Depois apagou e disse que Rachel tinha feito isso. - Ele me olha, rapidamente olho para o chão. — Mas, tenho a memória boa.

Percebo uma movimentação perto da porta e olho para a mesma, lá está Marry pedindo desculpas somente com os lábios e claramente bêbada. Faço um movimento de que vou cortar o pescoço dela, ela fingi que realmente acontece e ponhe a mão no pescoço, praticamente se jogando no chão. Rachel aparece revirando os olhos e puxa ela de lá, me lembrando de que tenho que falar alguma coisa com Harry.

— Sim, ela está bêbada. - É a única coisa que falo.

— Por que você tá assim, hein? - Pega em meus ombros, me fazendo virar para ele.

— Eu estou normal, Harry. - Olho para sua testa, só para não encarar o mesmo.

— Você nem está me olhando, Melanie. Eu não devia está aqui, depois do jantar que não aconteceu. E eu achando que estava rolando alguma coisa, ai você some. E nem é a primeira vez que faz isso, não sei por que estou insistindo. - Ele dá alguns passos pela cozinha e passa mão pelos cabelos.

— Harry, eu já entendi tudo. Não precisamos forçar uma amizade que não existe, eu vou fingir que nada aconteceu e vou seguir a minha vida. - Faz menção de falar, levo o dedo indicador a sua boca e continuo falando. — Tá tudo bem, eu entendo você não querer sair comigo. Deve ser estranho, a gente não se dá bem na infância e quando a gente cresce começa a sair juntos? Sério, não vou forçar nada.

Respiro fundo e pego meu copo no balcão dando um único gole, enquanto ele passa as mãos pelo cabelo parecendo impaciente.

— Será que você não percebe? Sério Melanie? - O olho confusa. — Eu sempre gostei de você. Eu ficava mexendo com você quando estava lá em casa, por que eu queria sua atenção. Não é possível que você nunca percebeu.

Opa, opa, opa

— Eu também gostava de você, mas a gente cresceu. Era por isso que eu nunca ficava perto de você quando não tinha outras crianças por perto, por que eu não sabia o que fazer. - Coloco o copo no balcão e lhe encaro. — Sabe aquele colar que me deu de presente quando fiz doze anos? - Ele confirma com a cabeça. — Eu ainda o tenho guardado, eu não tirava por nada. Por que foi um presente seu e eu amei ele.

E ainda tenho ele.

— Então quando eu falava sobre você está usando ele sempre, você dizia que tinha esquecido de tirar só pra não dizer a verdade?

— Sim, eu era apaixonada por você mesmo sendo novinha.

Uma sensação estranha me invade, sinto meu coração acelerado. Talvez por ainda possuir sentimentos por ele e admitir que era apaixonada por ele, me causou isso. Depois disso, o que eu faço? Ele está me encarando e estou sem reação. Olho para o chão na busca de alguma resposta e então sinto braços ao meu redor.

Reencounter || H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora