Cap. 2 - A Lady

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O mundo de Lady Emily Branch Monroe, filha de Antony Marc Monroe, o sexto duque de Carstain, foi devastado quando seu pai faleceu em um acidente de carruagem um ano atrás, deixando-a com apenas dezenove anos, sob tutela do seu tio Armand. Agora, passado um ano de falecimento do pai, Emily deixava o luto para participar de sua segunda temporada na procura de um casamento. A temporada social ocorria no período de primavera e verão, quando os nobres se reuniam em Londres para atuar na Câmara dos Lordes. Neste período, suas famílias vinham para Londres também e participavam de inúmeros bailes, sarais, apresentações teatrais e passeios no Hyde Park, entre outras atrações, em que a intenção era não só distrair e divertir os nobres mas, principalmente, formarem-se os acordos de casamento entre as famílias das jovens debutantes e os nobres pretendentes.

Emily foi educada para ser tudo o que a sociedade esperava de uma lady e mais. Ela cantava, tocava piano e bordava com excelência, como toda lady de classe deveria. Procurava manter seu semblante plácido, mesmo quando tinha vontade de gritar, pois era assim que a filha de um duque deveria agir. No entanto, a educação que o pai deu a Emily a tornou um ser humano melhor. Ele procurou criá-la livre de certos preconceitos e de certos vícios. Emily, por exemplo, nunca erguia a voz para ninguém e procurava ser educada com todos, mesmo com aqueles em um nível social abaixo do dela.

- Precisa me dizer o que vai vestir no recital de Lady Bighton, Emily. Não quero ir vestida da mesma cor que você. - Disse Clara, a melhor amiga de Emily, filha do marquês de Dalton, que era o melhor amigo do seu pai, e sua vizinha.

- Estou indecisa entre o rosa claro e o branco. O que você acha? Qual deles me favorece mais?

- Qualquer um dos dois é maravilhoso. Nada fica ruim em você querida. Não sei como alguém pode ser tão perfeita. - Fingiu indignação. Emily era uma moça linda! Ela era alta, loira, da pele bem clara e lisinha, tinha olhos azuis escuros, boca com lábios cheios e rosados, cintura bem fina, quadris largos e seios proporcionais ao corpo. - Oh, este aqui é maravilhoso! - Disse Clara apontando para um dos vestidos com os olhos brilhando.

- Não gosto deste verde claro. Sempre que visto este vestido, fico pálida esverdeada. Parece que estou prestes a vomitar. - E deu uma gargalhada. - Pode ir com ele se quiser. Nem sei por que eu o mandei fazer, nunca o usei.

- Ah, de repente se eu for segurando deste jeito - pegou a saia do vestido e levantou - eu consiga andar uns passos sem cair. - Clara disse debochada e começou a rir.

- Deixe de ser boba Clara! Você não é baixa. Bem... - Olhou para a amiga e começou a rir novamente. A amiga era uma cabeça mais baixa que Emily. Clara era uma moça pequena, mas muito bonita. Ela era toda pequena e delicada, mais parecia uma fada. Era ruiva do cabelo cacheado, olhos bem grandes verde claro, e boca parecida com um botão de rosa de tão pequena e com lábios avermelhados. Ela tinha um pouco de sarda no nariz e bochechas, o que só a deixava mais charmosa na opinião de Emily. Ela tinha cintura fina e seios também pequenos.

- Está bem, talvez seja só um pouquinho baixa. - disse levantando a mão fechada e mostrando um pequeno espaço entre o polegar e o indicador. - Se quiser, peço para Mary fazer a bainha e apertar o corpete, ficará ótimo. Ele ficará lindo em você, pois combina com seus olhos. Mary é muito boa costureira, sabe? - Emily propôs solidária.

- Será que daria certo? - Clara olhou esperançosa para o vestido novamente.

- Vamos ver? - Emily foi até o quarto e aproximou-se de sua aia, que bordava sentada próxima à janela. - Mary, venha até aqui dar uma olhadinha neste vestido por favor. - caminharam até o quarto de vestir onde Clara já aguardava segurando o vestido na frente do corpo de frente para o espelho - Será que dá pra fazer uma bainha para que sirva em Clara?

O casamento do Lorde Libertino (COMPLETO)Where stories live. Discover now