Capítulo 5

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LUIZA

Encaro a xícara de café a minha frente por longos minutos desejando voltar o mais rápido possível para casa

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Encaro a xícara de café a minha frente por longos minutos desejando voltar o mais rápido possível para casa. Me encolho na poltrona de veludo, abraçando as pernas, tendo a bela visão das montanhas cobertas pela neve branca. Com certeza sou privilegiada por acordar tendo uma vista tão linda.

Respiro fundo ao ver Noah se aproximar. Eu gosto de sua presença, mas hoje não estou nada confortável em passar o dia ao seu lado. Minha cabeça precisa de um tempo.
Noah se senta ao meu lado, e sem dizer uma única palavra, passa um braço ao redor da minha cintura me puxando para um abraço apertado. Me aconchego em seus braços fortes, soltando um longo suspiro, sem ter coragem de mandá-lo afastar. Seus braços são como a calmaria em meio a um furacão.

Creio que todos temos dias ruins, sem exceção. Nem tudo na vida são flores. Eu como grande parte das pessoas tenho meus dias tristes, em que só quero ficar trancada em meu quarto me afundando em um belo pote de sorvete de chocolate enquanto assisto algum filme melancólico que me deixara ainda mais triste.

― Está tudo bem?

― Sim. ― Minto.

― Posso ver no seu olhar que você não está bem, mas se não se sente confortável para compartilhar comigo, eu respeito. ― Noah beija minha testa, brincadeira com os fios do meu cabelo.

― Por que se preocupa comigo?

― Você é importante para mim.

― Noah, não confunda as coisas. ― Peço.

― Vamos viver o hoje, sem nos importar com o amanhã, por favor.

― Tudo bem. ― Concordo, sabendo que seria inútil discordar. ― Tenho uma sessão de fotos daqui há alguns minutos, não posso atrasar, ou Pietro cortará meu pescoço. ― Me desvencilho de seus braços. ― Nos vemos durante o almoço.

Ao chegar no quarto onde estou hospedada foi impossível não perceber que o cheiro de seu perfume praticamente grudou em minha pele, o que de fato não é ruim, pois o principezinho tem um ótimo gosto para perfumes. Caminho até o banheiro, despindo-me, indo diretamente para a ducha de água quente. Enquanto o líquido escorre por todo meu corpo deixo meus pensamentos vagarem por tudo que aconteceu nos últimos dias.

Me afasto dos meus colegas de trabalho, para atender a ligação do meu pai. Terminei a sessão de fotos há alguns minutos, depois de uma manhã inteira de trabalho.

― Oi, maluco.

― Oi, monstrinha do papai. Como você está?

― Eu estou ótima.

― Quando voltará? ― Papai pergunta.

― Daqui três dias. Pode confessar que está morrendo de saudades da minha ilustre pessoa, papai. ― Provoco-o.

Você Não Soube Me Perdoar (Concluído)Where stories live. Discover now