Bônus

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EVELYN

Assim que o despertador toca, meu coração acelera. Hoje é o dia que sonhei nos últimos meses, finalmente poderei conhecer meus bebês. Posso dizer que sonho com o rostinho deles desde que descobri que estava grávida.

Sento na cama, passando a mão sobre a barriga, assim que sentem meu toque, os bebês se mexem. Os meses passaram assustadoramente rápido. Tenho a sensação que descobri a gravidez no mês passado.

Tive uma gravidez calma, pude aproveitar cada instante com meus bebês. O famoso clichê de que cada gravidez é diferente se aplicou muito bem. Amei ver meu corpo adquirindo novas curvas, era mágico acordar todos os dias e poder olhar para minha barriga, que a cada dia crescia mais.

Não consegui dormir durante a madrugada, e o Wesley muito menos. Ele conferiu a mala dos bebês no mínimo cinco vezes, o que chega a ser engraçado, pois essa função era tecnicamente minha. Ele foi quem cuidou de grande parte do enxoval dos bebês, acho que as atendentes de lojas infantis já estão enjoadas da cara do meu marido.

― Preparado, papai? ― Provoco meu marido, que está andando de um lado para o outro do nosso quarto. ― Acho que não. ― Zombo.

― Vamos ter mais dois filhos. ― Comenta um tanto atordoado, parando a minha frente. ― Dois bebês chorões que não nos deixará em paz de madrugada.

― Mas não era você que queria mais bebês?

― Só agora está caindo a ficha que serei pai novamente. ― Ele passa os dedos entre os fios do cabelo, se ajoelhando a minha frente, beijando minha barriga carinhosamente. ― Tentarei ser o melhor pai do mundo para vocês.

― Tenho certeza absoluta que você será um pai incrível para os bebês. Agora vamos para o hospital, não quero chegar atrasada. ― Levanto, vendo Wesley fazer o mesmo. Rapidamente ele apoia uma mão em minha cintura, me ajudando a caminhar para fora do quarto. ― Amor, eu consigo andar sozinha.

― Não seja teimosa. Tem certeza que pegamos tudo?

― Claro que sim, não começa com essa paranóia. Preparamos uma mala para dez bebês, não faltará nada. ― Aceito sua ajuda para descer as escadas.

― Acho que vou ter um infarto.

― Se acalme, papai. Deixe o nervosismo para quando estivemos na sala de parto, só não vá morrer e me deixar sozinha. Preciso de companhia para as madrugadas em claro que ainda estão por vir.

― Estou ansioso para essas madrugadas.

― Você está desequilibrado mentalmente. ― Sorrio ao chegar na sala de estar, vendo vários brinquedos dentro de uma pequena caixa. Wesley é um tanto afobado, já comprou coisas que os bebês só usarão daqui a meses. ― Ainda não caiu a ficha que teremos dois bebês nessa casa.

― Tudo irá mudar, nossa rotina não será a mesma, o silêncio vai nos abandonar completamente. Mas acho que tudo valerá a pena quando olharmos para os nossos filhos. ― Ele abre a porta de entrada.

― Somos completamente malucos. Eu tenho quase cinquenta anos e estou grávida de gêmeos. ― Digo vendo-o abrir a porta do carro, me ajudando a entrar no veículo. ― Estou começando a ficar desesperada. ― Confesso assim que ele coloca o cinto em mim. Seu cuidado é encantador e sufocante ao mesmo tempo.

― Você é a razão da nossa relação, não venha roubar meu lugar de desesperado.

Ele dá a volta no carro, ocupando o banco do motorista. Antes de girar a chave, Wes faz questão de curvar o corpo, plantando um beijo na minha barriga, acariciando-a carinhosamente.

Você Não Soube Me Perdoar (Concluído)Where stories live. Discover now