Capítulo 30

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LUIZA

Visto a camisola que a enfermeira indicou, tendo a oportunidade de ver meu reflexo no espelho

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Visto a camisola que a enfermeira indicou, tendo a oportunidade de ver meu reflexo no espelho. Iniciei o trabalho de parto há algumas horas e já estou destruída, os filmes são uma verdadeira mentira, é impossível se manter bonita tendo tantas dores.
Havia fantasiado meu parto como um momento lindo, que eu curtiria ao máximo, o que obviamente não está acontecendo, só quero que os bebês saiam de dentro de mim o mais rápido possível.

Nunca imaginei que meus peixinhos iriam decidir nascer durante a madrugada. Estava dormindo tranquilamente quando a bolsa estourou e as contrações começaram. Senti um desespero enorme ao levantar e ver toda a cama molhada. Juro que tento ser independente, mas na hora do desespero só pensei em ligar para a minha mãe. 

— Deus, eu vou morrer. — Me apoio no pai dos meus bebês, gemendo de dor.

— Logo os dois estarão em nossos braços. — Noah me abraça por trás, beijando minha nuca.

— O inferno dessa dor está me matando, e essas crianças não nascem. — Apoio as costas em seu peitoral, respirando fundo ao sentir que a contração passou. — Vou pensar muito bem antes de transar sem preservativo novamente.

— E como teremos nossos cinco filhos?

— Está louco? Acha que eu tenho estrutura para ter uma creche? Dois filhos é o bastante para mim, meu querido. — Levo uma mão até a barriga, acariciando-a com carinho.

— O papai está tão ansioso para ver o rostinho de vocês. — Noah se ajoelha a minha frente, aproveitando para beijar minha barriga diversas vezes, fazendo os bebês se agitarem.

— A mamãe também está ansiosa para conhecer meus dois monstrinhos.

— Logo eles estarão em nossos braços.

— Esperei esse momento ansiosamente, e agora que estou vivendo acho que estou sonhando. Você tem noção que a partir de hoje teremos duas vidas sob nossa responsabilidade? — Sento na bola, abaixando a cabeça ao sentir mais um contração.

— Seremos ótimos pais. Farei questão de ensinar os nossos meninos a serem seres humanos de bom coração. — Diz massageando minhas costas.

— Dói bem mais do que imaginei. — Tento respirar normalmente, o que parece impossível. — Se eu morrer diga aos bebês que eu os amo muito. 

— Não diga uma coisa dessas, Luiza. Você não morrerá coisa nenhuma.

— Noah, a dor das contrações são insuportáveis.

— Trouxe algo que você gostará bastante. — Mamãe anuncia entrando no quarto.

— Uma anestesia? — Pergunto esperançosa.

— Claro que não, trouxe um picolé de chocolate. — Me entrega o picolé, se sentando no pequeno sofá de couro branco a minha frente. — Quer anestesia? Pelo que eu me lembre você disse que queria um parto totalmente natural, sem qualquer anestesia.

Você Não Soube Me Perdoar (Concluído)Où les histoires vivent. Découvrez maintenant