Prólogo

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Prólogo

As bombas explodiram. - Quando eu acordei esta manhã tudo que imaginava no fim do meu dia era estar abraçando aqueles que eu amo em minha sala, com no máximo uma xícara de chá e muitos chocolates em minha mão. Mas obviamente eu sonhei muito alto, pois minha manhã foi totalmente diferente do planejado, na verdade acredito que planos e vida nunca estarão juntos na mesma frase quando se tratar sobre mim.

Assim que houve o barulho ensurdecedor da bomba eu ouvia um fraco zunido em meus ouvidos, eu agarrei a arma perto da mesa e encarei o lugar em volta de mim novamente e meus olhos marejaram por um segundo, mas eu não podia ser fraca agora, se não fosse por mim, que fosse por elas.

Havia uma mulher com as suas roupas rasgadas e ensanguentadas depois de horas nas mãos daquele monstro, a mulher que eu amo havia se colocado à minha frente para me proteger. Eu acabei de dizer que eu amo? Ah Foda - se, por mais que eu negue, não posso mais me enganar quero tanto essa mulher tanto que parece que não respiraria sem ela, que inferno, eu realmente a amo. Ao lado dela há uma garota que aparenta 16 anos acredito, tão pálida quanto seu vestido branco, e abraçada nela uma criança de mais ou menos três anos com dois dedos pendendo frouxamente em sua mão.

E a minha frente aquele monstro sorrindo como se estivesse comemorando seu dia mais feliz. - Parece que sua vida chegou no fim, minha querida.

- A vida é minha e eu digo que ela não chegou no fim.

- Não é assim que as coisas funcionam.

- Eu estou com uma arma na mão apontada para sua cabeça, então sim. É assim que as coisas irão funcionar. - Digo apontando a arma em sua direção.

Então ouço mais um barulho estrondoso, esse parece mais perto, na verdade, parece ter sido bem ao meu lado e aquele homem a minha frente sorri mais que o coringa acharia possível, ouço barulho de tiros. Minha visão escurece e ouço ao fundo uma mulher gritar e a gargalhada daquele desgraçado tão perto de mim que pareço sentir sua respiração. Eu não lembro de ter apertado o gatilho, e não consigo distinguir quem gritou, talvez tenha sido eu mesma até sentir tudo virar um breu. Talvez ele estivesse certo, nem com uma arma em minhas mãos as coisas funcionam como eu queria, malditos planos que nunca dão certo.


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Até a próxima lindxs...

O mistério de GraceWhere stories live. Discover now