22_ Vai fazer algo amanhã a noite?

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- Ah.... Luca, esse é o Eduardo, ele é estagiário aqui no Canil. - Eduardo sorri de maneira amigável para ele. - Eduardo, esse é o Luca, meu amigo da escola. - Eduardo estende a mão para Luca para cumprimenta-lo e Luca aperta.

- Muito prazer. - Eduardo diz.

- É. - Luca fala e eu tiro seu braço do meu ombro me abaixando para fazer carinho no Sam.

- Espero que não tenha problema ter trago o Luca comigo. - Falo olhando para o Eduardo.

- Claro que não, os cachorros adoram receber visitas. - Eduardo diz se abaixando ao meu lado e também fazendo carinho no Sam.

Luca permaneceu em pé por um tempo até que foi em direção a um cachorro que estava latindo pra ele.

- Opa... esse eu conheço! - Ele diz indo em direção a um cachorro branco e preto que balança o rabinho animadamente quando Luca se aproxima dele. - É o Trevor!

- O nome dele é Spike. - Eduardo diz olhando para o Luca.

- Não! É Trevor! - Luca insiste olhando para Eduardo que se levanta e cruza os braços.

- Quer saber mais que o cara que cuidou dele? - Eduardo sorri com uma sobrancelha arqueada.

- Quer saber mais que o cara que resgatou ele? - Luca diz também cruzando os braços e o Edu faz cara confusa.

- Como assim?

- O Luca é filho do dono daqui. - Falo e o Edu olha pra mim.

- Você é filho do Sr Morgan? - Edu pergunta e Luca assente.

- Eu encontrei o TREVOR na rua a um tempo. Levei pra casa e meu pai o trouxe pra cá... Depois daquilo eu nunca mais o vi. - Luca fala enquanto acariciava o cachorro.

- Podia ter vindo visita-lo. - Edu fala.

- Eu vim hoje. - Ele diz e sorri pra mim.

Eduardo sorriu compreensivo e depois olhou pra mim.

- Quer solta-los? - Ele pergunta e eu sorrio de orelha a orelha.

- Claro! - Digo animadamente e ele aponta para a porta do gramado. Assenti e puxei o Luca comigo até lá.

- O que ta fazendo? - Luca pergunta assim que saímos para o gramado.

- A melhor parte de quando venho aqui. - Sorrio pra ele e nós olhamos pra trás onde os cães vinham todos correndo.

Começamos nós três a brincar com os cães, mas eu percebia que o Edu fazia de tudo para ficar perto de mim, coisa que fazia o Luca encara-lo.

Tentei ignorar essas coisas e foquei toda a minha atenção nos cães. Se eu pudesse, eu viria todos os dias ficar com eles, mas infelizmente não posso. O que me consola é que um dia trabalharei todo o tempo só com animais e, eu estou muito ansiosa por isso.

Nós ficamos lá até aproximadamente 16 horas da tarde.

Eu e o Luca ajudamos o Edu a pôr o cachorros pra dentro e antes de sair eu tirei uma foto Sam segurando a flor para mostrar a minha mãe.

Depois de fotografa-lo, paguei a flor e parei em frente a porta da sala.

- Muito obrigada, Edu! Se não fosse por você, eu teria que brincar com um de cada vez em suas casinhas. - Falo e ele sorri com suas mãos no bolso do jaleco.

- Não agradeça. É o mínimo que posso fazer pelo que faz por eles. - Ele coça a cabeça. - Er... você vai fazer alguma coisa amanhã a noite?

Luca que antes se despedia do Trevor, ao ouvir a pergunta do Edu, se  virou pra nós.

- Ela vai sim. - Luca o responde e eu olho pra ele. - Amanhã tem o sítio com a nossa turma e nós voltaremos tarde. Sinto muito. - Luca sorri maroto e vem até mim parando ao meu lado.

- Ah... tudo bem! Deixa para outro dia então. - Ele sorri.

- Desculpa. - Olho pra ele.

- Não tem problema... vamos ter muitas outras oportunidades. - Ele pisca.

- Você que pensa. - Luca fala baixo antes de sair da sala, mas eu acabo ouvindo.

- Até. - Sorrio e ele acena.

Ao fechar a porta, não sei se eu ouvi coisas, mas eu tive a impressão a de ter ouvido o Edu dizer - Droga! - eu espero que não.

Ao chegar na recepção, vi o Luca me esperando em pé.

- Já se despediu do seu amigo? - Ele pergunta rindo.

- Por que? Ta com ciúmes? - Pergunto sorrindo convencida enquanto saíamos de lá.

- E se eu estiver? - Ele cruza os braços sorrindo.

- Não vejo motivo. - Sorrio e a gente segue o caminho pra casa.

Voltamos o caminho pra casa conversando e eu admito que ele me fez rir muito.

Porém o caminho é curto e rapidamente já estavamos na casa dele.

- Acho que vou com você lá mais vezes. - Ele sorri cruzando os braços na frente do corpo.

- Fique a vontade. - Sorrio. Ele estava sorrindo, só que por um momento ele parou e começou a me olhar sério. - O que foi?

- Er.... eu queria falar sobre quarta. - Ele coça a cabeça e eu me lembro, o dia em que nos beijamos no parque.

- Não pre... - Falo mas sou interrompida.

- Preciso! Não foi certo ter beijado você sem nem perguntar se você queria, e muito menos só para me livrar da Carol. - Ele pega na minha mão. - Você não é qualquer uma e eu te respeito muito. Aquilo foi errado e eu prometo não fazer mais... bem... a não ser que você queira. - Ele sorri ladino e eu coro.

- Er... eu vou indo. - Falo já virando as minhas costas. Eu estava com muita vergonha e não sabia o que fazer, e o pior, não sabia o porquê de tanta vergonha, acho que é o efeito que ele tem sobre mim mesmo.

- Não quer que eu te leve em casa? - Ele pergunta alto para eu escutar já que eu estava andando o mais rápido que podia, o que não era muita coisa.

- Não precisa! - Falo ainda olhando pra frente.

- Até amanhã, Emma! - Olho pra trás rapidamente e o vejo piscando pra mim, coisa que acabou me fazendo soltar um sorriso.

Fui direto pra casa e ao chegar, fechei a porta atrás de mim sorrindo como tem sido todos os dias.

- Ansiosa pro sítio amanhã? - Minha mãe aparece bebendo água.

- Acho que sim. - Sorrio e percebo que dessa vez eu realmente quero ir pra esse sítio.

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O Aluno NovoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora