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★ Capítulo 18

Algo te deu a coragem de tocar na minha mão. É bom ter um amigo
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Logo após minha mãe morrer eu tinha muitos pesadelos, eu acordava gritando e meu pai corria para meu quarto e me abraçava e pedia para eu imaginar o lugar mais lindo do mundo. Eu sempre imaginava a casa da minha vó, as árvores enormes envolta da pequena casa de tijolos vermelhos, o jardim sempre com flores coloridas e o cheirinho de comida que estava sempre no ar.

Definitivamente eu não estou bem, a dor da perda da minha mãe voltou junto com todo sentimento que tinha enterrado junto, a confusão que gostar de Fire estava trazendo a minha cabeça e ao meu coração, eu não estou bem, mas esse é um bom lugar para melhor. Os dias aqui são calmos o monótonos o que faz eu ter tempo para me acalmar.

Retiro as ervas da terra para o jantar e ouço um barulho de carro, espreito meus olhos para ver a figura que estava saindo do carro, mas a luz do sol não me ajuda a identificar, só percebo quando o corpo se aproxima e sorrio.

- Medelaine - quase grito - o que faz aqui ? - sorrio.

- Soube que você estava faltando aulas, fiquei preocupado - ela bate em meu ombro - O loirinho disse que estaria aqui - lembro que não falo com James desde aquela noite, então presumo que ele tenha perguntado a meu pai - Soube que é um ótimo guia, deveria me apresentar esse lugar lindo.

Me animo com a ideia de mostrar tudo para ela, com todo certeza ela era uma companhia da qual precisava.

- Fica aqui, eu já volto - vou correndo para dentro e entrego as ervas a minha vó e pego escondido uma de suas toalhas de mesa.

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Paramos enfrente a grande cachoeira e vejo seu rosto se iluminar.

- É lindo - seu sorriso ilumina meu dia - obrigada por me trazer aqui.

- Não precisa agradecer - sorrio e estendo a toalha sobre o chão.

Seu cabelo agora era prata, parecido com o de Fire, mas não igual, pois ambas eram parecidas em tantas coisas e diferentes em tantas outras.

- Você ficou mais linda ainda - sorrio bobo e a faço sorrir também.

- Como você está ? - ela se senta na toalha de mesa que roubei da minha vó.

- Estou sim - sorrio enquanto minha boca só reproduzia mentiras, já parou para pensar como é fácil depois de um tempo fingir que está bem.

- Eu te considero meu amigo, você me considera sua amiga ? - sua voz sai suave.

- Sim, é literalmente a única amiga que tenho - sou sincero.

- Então, Zayn - sua voz sai tão suave e acolhedora - Amigos não mentem para amigos - como um tapa na cara ela me mostra que está visível que não consigo mais enganar ninguém sobre minhas emoções.

- Eu - respiro fundo, seria a primeira vez que diria isso em voz alta - Eu não estou bem, tem tanta coisa acontecendo, eu escondi tantos sentimentos por tantos anos e estão voltando todos, parece que estou no fundo de uma piscina e não consigo subir para respirar e a única coisa que eu quero é respirar - suspiro - Eu não aguento mais ouvir meus próprios pensamentos, tenho que está a todo instante me distraindo, pois não consigo lidar com a minha própria mente.

- Eu sinto muito - sua voz sai sincera acompanhada de um beijo em minha mão.

- Tudo só piorou quando ela chegou - a frase escapada de meus lábios sem que consiga impedi-la, na verdade quando estou com Medelaine tudo sai sem nem pensar, como se pudesse dizer qualquer coisa.