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Jessica chegou a sua casa bem antes de Tom, e Harrison que também viria junto, estava sentada esperando e conversando no sofá com a sua melhor amiga, Marianne, que aconselhou que ela ficasse tranquila essa semana que passaria com ele e que aproveitasse, sem muitas preocupações sobre o que eles deveriam fazer, não por agora. Ela não sabe o porquê — ou não queria — entender o porquê de estar tão ansiosa e animada para ver alguém, ela sabia, com toda a certeza, de ele era um péssimo erro, mas era ao mesmo tempo alguém que ela queria arriscar tudo pra estar mais um minuto perto.

— Não se cobre tanto, pra nada, aproveite o dia, carpe diem, lembra desse filme que a gente via sempre? — Marianne tinha um olhar confortável direcionado para Jessica, elas estavam sentadas uma de frente pra outra, encolhidas, enquanto conversavam, ou basicamente Marianne dava conselhos para a amiga, no sofá.

— Lembro! Sociedade dos Poetas Mortos... nossa, daria tudo pra um professor daquele na minha época de escola. — Jessica respondeu, sorrindo.

— Você era super nerd e certinha, não teria coragem de quebrar as regras.

— Mas a Jessica de agora, teria, acho que depois de tanto tempo do mesmo jeito mudar é extraordinário.

— Você escuta as palavras que diz né, Jess?

— Escuto... por quê? Não entendi. — Jessica respondeu confusa a pergunta da amiga.

— De que é bom mudar depois de tanto tempo... — ela deu uma pausa — talvez mudar seus conceitos sobre alguém agora não seria uma má ideia.

— Marianne, — ela chegou bem perto do rosto da amiga, segurando-o com as duas mãos — eu sou maluca! Não vai adiantar. — elas deram uma risada alta, e Jessica continuou — falando sério, pra mim, dentro da minha cabeça, é tudo muito complicado.

— Só é complicado porque você quer.

— É complicado porque eu não sei o que fazer, a ultima vez foi com Jasmine, e eu sofri muito depois, foi um término muito dolorido e eu não quero, de forma alguma, perder alguém de novo.

— Jess... sofrimento é inevitável, e você não pode deixar de amar por medo. Entende?

— Entendo, mas nunca sigo o que você fala, esse deve ser o erro. — elas riram e depois de alguns segundos ouviram batidas na porta, o coração de Jessica acelerou na mesma hora, transformando o rosto com um sorriso em uma expressão ansiosa, e ao mesmo tempo assustada, olhou pra amiga com um pânico interno por achar que poderia ser Tom do lado de fora, o que fez Marianne rir da reação da amiga.

— Você tem tudo sob controle, relaxa. — Marianne continuou.

— Eu espero. — ouviu as batidas na porta novamente.

— Jess, a porta. — Marianne falou, indicando pra ela ir abrir a porta com a cabeça e um olhar entusiasmado, estava feliz pela amiga ter encontrado alguém que fazia seu coração bater mais forte, depois de tanto tempo. Jessica saiu correndo pra abrir a porta, se dando conta da demora, ao encostar-se à maçaneta, se recompôs, e fingiu que a conversa que tinha tido minutos atrás aconteceu.
Ao abrir a porta ele estava lá, ao lado do amigo, com um sorriso largo de orelha a orelha, Jessica não conseguiu conter um sorriso igual ao dele quando o viu, estava lindo como sempre esteve, mas a sensação de que teria dias ao lado do cara mais incrível que já conhecera, deixava ela mais feliz ainda por tê-lo ali.

Naquele dia mais cedo, Tom pensou em comprar um buquê ou outra coisa pra poder dar de presente pra ela, pra que ela se lembrasse dele, passou numa loja e comprou uma gargantilha de prata que tinha como um pingente uma coroa delicada, comprou por se lembrar da forma como chama ela o tempo todo, princesa achou que seria um bom presente, mas não entregou, ficou com medo dela achar que era cedo demais e deixou na sua bolsa, pra entregar quem sabe, em outro momento. Estava igualmente nervoso por estar no caminho para encontrá-la, não conseguia esconder sua ansiedade pro seu melhor amigo que achava ridícula aquela situação, de acordo com ele, ele parecia um adolescente emocionado demais com uma garota, enquanto estávamos no carro que tinham alugado, conversaram quase todo o trajeto sobre ela, e sobre a situação dos dois.

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