† 41º Capítulo †

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Depois daquele filme deprimente e de imagens de mim e da Allie a fazer a mesma coisa me passarem pela cabeça fui levar a Caroline a casa. Posso não gostar dela mas uma coisa que a minha mãe sempre me ensinou foi para ser cavalheiro e acho que levá-la a casa não é mal nenhum, até pelo contrário.

Pelo caminho até à sua residência ela ia-me falando da sua universidade e do seu part-time numa pizzaria pequena que lá havia. Ela estudava de dia e de noite ia trabalhar 4/5 horas. Ela disse-me que era cansativo e que havia alturas em que só lhe dava vontade de desistir mas para tudo é preciso sacrifícios então ela está a fazer os dela.

Ela também tem a idade da Allie (19 anos) e anda no curso de programação de computadores. Caroline delira com tudo o que tenha a ver com computadores por isso acho que ela está no curso certo.

Entretanto chegámos a casa dela e ela beijou-me para se despedir e fiquei a vê-la entrar no prédio para depois me ir embora. Ao ligar o motor do carro, ela vem a correr aflita e literalmente salta para o banco do pendura.

- Vai a todo o vapor para o hospital, por favor. – ela meteu as mãos à cabeça.

- Porquê? – eu tinha de saber para quê que ela tinha de ir para lá já que era eu que ia a guiar.

- A minha irmã está em trabalho de parto e a minha mãe foi a Nova Orleães visitar os meus avós maternos e só conseguirá estar cá amanhã. Por favor Louis, leva-me lá. Se quiseres eu até te pago o combustível mas coloca-me o pé nesse pedal.

Ao ouvir aquilo tive uma certa compaixão por ela e ao arrancar com o veiculo só via fumo a sair do escapo. Estava a ir a 150 km/h na autoestrada e só rezava à Virgem Maria que nenhum pneu saltasse ou que algum bebâdo se metesse à minha frente. Era morte na certa.

Em menos de 15 minutos chegámos ao hospital e Caroline corre até ao balcão de atendimento e pergunta pelo sua irmã Ava e dizem-lhe que está na sala de partos. Que novidade, se lhe rebentaram as águas ia estar aonde? Na cozinha a comer a feijoada do dia?

- Será podemos assistir ao parto? – perguntou Caroline à rececionista. Podemos? Como assim? Eu também vou ver a miúda a peidar a criança?

- Quem é o senhor? Só podem entrar a família. – falou a senhora. Arrogante…

- Ele é meu marido por isso é família. Por favor, eu quero assistir ao parto da minha sobrinha.

- Vão por este corredor fora e apanham o elevador até ao terceiro andar. Ao chegarem lá mostrem este cartão. – deu dois cartões com o nome da irmã dela lá identificado. – Eles depois guiam-vos para a sala.

- Obrigada. – Caroline pega no meu braço e faz-me correr até ao elevador.

A nossa pequena deslocação até ao 3º andar foi bastante barulhenta devido ao som que o choque dos pés dela faziam quando entravam em contacto com o chão. Notava-se a léguas que ela estava deveras nervosas e eu não sabia como acalmá-la pois ela está sozinha. A mãe não está cá e apenas tem a irmã numa sala de perna alçada prestes a ter um bebé. Quando as portas se abriram Caroline voltou a arrastar-me e mostrámos os nossos cartões.

Levaram-nos para uma sala cheia de desinfetantes que transandava a álcool.

- Por favor, vistam estas fardas e ponham estes panos nos pés. Depois lavem as mãos duas vezes naquele lavatório. Eu estou lá fora para voltarem a colocar outro desinfetante. É apenas para precaver a mãe e o bebé de serem contaminados de algum vírus ou bactéria do exterior. Com licença. – a enfermeira saiu da sala e começámos a prepararmo-nos: metemos a farda, aquela máscara para colocar na cara, os panos nos pés e lavámos as mãos duas vezes.

Saimos do compartimento e a enfermeira estava à nossa espera com um boião de desinfetante e com dois pares de luvas. Seguimos os procedimentos todos e fomos levados para uma sala onde estavam lá duas grávidas. Uma era a Ava. Reconhecia porque era a réplica da Caroline mas em vez de ter os cabelos castanhos pelo fundo do pescoço tinha um loiro platinado e o cabelo ia-lhe até ao fundo das costas. Ela estava com uma cara de sofrimento e gemia por todos os cantos. Tinha um cateto a receber soro e tinha lá outro liquido qualquer que tinha quase a certeza que era um para aliviar as dores.

- Ava, ainda estás a fazer a dilatação?

- Tenho só 5 dedos. Ainda não dá para a bebé sair. O médico já me espetou na veia uma coisa qualquer para ajudar a dilatação mas isto dói tantooo! – contorceu-se na cama e fazia força nos lençóis e continuou a gritar.

Caroline fazia-lhe festas na testa mas nada a acalmava. Como eu tinha um conhecimento geral de partos sabia que não faltava muito para puderem pôr a criança cá fora.

Já se passou uma hora e reforçaram a dose do liquido da dilatação e ela já tem 7 dedos. A sua maca foi agora para a sala de partos e nós fomos atrás dela.

Estávamos nós os 3 mais os médicos. Caroline dava a mão a Ava que já suava e notava-se que estava cansada de sofrer. É em momentos como este que adoro ser homem.

- Faça força. – Ava fez força e depois começou a respirar pausadamente.

O médico voltou a dizer para ela fazer a máxima força que conseguia ela apertou tanto a mão da Caroline que parecia que a ia deslocar.

- Relaxe e quando eu contar até 3 volta a fazer força.

- Não consigo estou cansada. – queixou-se Ava.

- Já se vê a cabeça. É só mais uma ou duas vezes e a princesa estará cá fora. Vá, 1,2,3. – Ava levou a sua força ao limite e eu ajeitei-me mais um pouco e vi um toufão de cabelo preto a sair pela sua vagina. Fiz uma cara de nojo. Porque é que eu vim para aqui…

- Já é só preciso mais um empurrão. Força. – ela voltou a repetir o processo anterior e o médico eleva um corpo minúsculo roxo coberto de sangue.

Um choro é ouvido pela sala e os médicos põe a bebé perto do peito da mãe por uns belos segundos. Ava dava o seu melhor sorriso mediante as suas possibilidades. Notava-se que ela devia de estar a pensar ‘ o esforço valeu a pena’.

Caroline já chorava e só depois me apercebi que estava com um sorriso estupido estampado na cara. Eu sempre quis ter um filho. Principalmente um rapaz já que eu sou o único rapaz da família. Senti falta, durante a minha infância e adolescência, dum irmão que quisesse jogar à bola comigo e andar atrás das miúdas. Claro que tinha o meu padrasto mas ele tinha uns 30 anos de diferença de mim e quando dava um chuto na bola dizia logo que estava quase a ter um ataque cardíaco de tão cansado que estava.

Os médicos levaram a bebé para uma sala de observações e transportaram a Ava para o recobro para ser examinada. Eu apenas permaneci ali no meu mundo recheado de pensamentos.

- Louis, vamos trocar-nos para depois irmos para a sala de espera. Acho que depois podemos ir visitá-la.

- Caroline, como se chama a tua sobrinha.

- A Ava estava a pensar em pôr-lhe Allison Dove Morgan.

- Quem é o pai? – Caroline ficou desapontada com a pergunta e notei que ficou um pouco reticente em relação a ela.

- Ele morreu há 4 meses atrás. Teve um enfarte do miocárdio. Pronto, era o chefe da minha irmã. Chama-se Anthony e era casado. Basicamente teve daqueles casos com as funcionárias e desse caso saiu a Allison. Passado uns tempos de saber da gravidez morreu.

Oh… Coitada. Já que eu assisti ao parto eu podia tentar ajudá-la não é?

(NOTA: Oii meninas! Aqui um novo capitulo como me pediram e apenas demorei uma semana a fazer publicar!! Amem-me por isso!! Bem indo para a frente: O que acham que o Louis vai fazer? 
Já agora querem que eu continue com o POV do Louis ou ponho na Allie? 
Votem, comentem e estudem muito. Kiiss)

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