6 - O grande Gilderoy Lockhart

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-Quer que eu responda honestamente ou que eu minta?

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-Ai! -Draco exclamou quando, na manhã seguinte, Olívia bateu um livro no braço dele. -Por que me bateu, Potter?

-Não se faz de sonso, seu encrenqueiro de livraria. -Respondeu ela, revirando os olhos para ele. -Por que você acha?

-Eu achei desnecessário. -Draco revirou os olhos, recomeçando a andar em direção ao Salão Principal.

-Mau humor, querido? -Audrey perguntou a ele, zombando.

-Vejo vocês depois. -Disse ele, caminhando a passos pesados em direção à mesa da Sonserina.

-Irritar ele é tão legal, você também não acha? -Olívia riu.

As mesas estavam cobertas de terrinas de mingau de aveia, travessas de peixe defumado,
montanhas de torradas e pratos com ovos e bacon, sob o céu encantado (hoje, toldado por
nuvens cinzentas). Elas se sentaram ao lado de Hermione, que tinha um exemplar de Excursões com vampiros, aberto, e apoiado numa jarra de leite. Ela ainda respondiam os garotos com formalidade, claramente desaprovando a maneira como eles chegaram à escola.

-Dá pra comer como uma pessoa? -Audrey perguntou, abafando o riso ao ver o jeito desesperado com o qual Rony comia.

-A comida não vai fugir de você, Weasley. -Zombou Olívia dando um leve tapa no braço dele.

-Ah... deixem de ser chatas... -Ele resmungou de boca cheia.

-Hermione, como você consegue ler e comer ao mesmo tempo? -Perguntava Harry indignado.

Ela estava tão concentrada que fingiu não ouvir o comentário do amigo. Então, de repente, uma centena de corujas invadiram o salão, entregando cartas e pacotes por todo o lugar.

-Correio! -Audrey exclamou, animada.

-Errol! -Exclamou Rony, puxando pelos pés a coruja molhada para fora da jarra de suco, onde tinha caído. Errol caiu, desmaiada, em cima da mesa, as pernas para cima e um envelope vermelho e úmido no bico. -Ah, não!

-Tudo bem, ele ainda está vivo. -Disse Hermione, cutucando Errol devagarinho com a ponta do dedo.

-Não é isso, é isto.

Rony estava apontando para o envelope vermelho. Parecia um envelope comum para Olívia,
mas Rony, Audrey e Neville olharam para ele como se fosse explodir.

-Você está bem ferrado. -Disse Audrey, olhando para Rony com a testa franzida

-Que foi? -Perguntou Harry.

-Ela... ela me mandou um “berrador”. -Disse Rony baixinho.

-É melhor abrir, Rony. -Dugeriu Neville com um sussurro tímido. -Vai ser pior se você não abrir. Minha avó um dia me mandou um e eu não dei atenção. -Ele engoliu em seco. -Foi horrível.

Olívia olhou para Harry em busca de uma explicação, mas ele parecia tão perdido quanto a garota.

-O que é um berrador? -Perguntaram.

Mas toda a atenção de Rony estava fixa na carta, que começara a fumegar nos cantos.

-Abra. -Insistiu Neville. -Termina em poucos minutos...

Ele inspirou e abriu o envelope.

-Lá vem bomba! -Comentou Olívia baixinho.

Neville enfiou os dedos nos ouvidos. Uma fração de segundo depois, ela descobriu o porquê. Um estrondo encheu o enorme salão, sacudindo a poeira do
teto.

OLÍVIA POTTER [2]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora