Só meus amigos, mesmo, pra me tirar da cama cedo com o intuito de aproveitar o dia. Odeio isso!
Não posso negar o quanto os dois são legais, mas não consigo disfarçar a expressão de cansaço e preguiça. É difícil conviver com pessoas mais velhas, mais maduras e experientes, porque tudo parece ser novo aos meus olhos, o que muitas vezes é.
— Primeiro, vamos comer algo — sugeriu Hugo.
— Claro, é nossa prioridade no momento — soltou Lucynda.
Talvez, não venha ao caso, mas preciso falar sobre meu amigo, o Hugo! O cara é todo bonitão, cheio de ideias legais, conversa bem, é meio focado e só se deixa levar por questão de segundos ou em alguns momentos, sem contar que ele é engraçado. Bonitão e engraçado, o que para muitas meninas basta (no meu caso, tem que rolar química, mas enfim, não estamos falando de mim).
Para acompanhá-lo, é preciso ter em mente que o menino vai chamar atenção. SÉRIO!
Duas ruas antes de chegarmos à lanchonete...
— Poxa, que lindo você, hein! — soltou uma menina.
Hugo ficou todo vermelho e sem jeito, por mais que ele ouça esses elogios inúmeras vezes.
É basicamente isso que acontece quando estamos juntos. Elogios e mais elogios, e não tem essa de que é feio garotas elogiarem rapazes na rua, muito pelo contrário.
Ainda estou me adaptando.
— Você faz tanto sucesso com as meninas — disse Lucynda, prestes a dar uma mordida em seu sanduíche de presunto, já na lanchonete. — Só não entendo tamanho exagero.
Peguei meu café para tomar, e quase queimei a boca, mas rapidamente disfarcei, para não chamar muita atenção (sou um desastre).
— Eu sou legal e acho que isso deixa elas interessadas — disse Hugo.
— Independente do que elas pensam ou deixam de pensar, você é nosso galã — falei, com um sorriso de orelha a orelha e os olhos cheios de lágrimas por ter tomado o café muito quente.
— Ficou até emocionada... Que fofa! — debochou minha amiga.
Dei meio sorriso em retribuição e me preparei para tomar outro gole de café (quente).
E do nada, o celular toca!
"Pode ser o Lucas!", pensei.
— Alô? — atendi, na maior empolgação e sem ao menos identificar quem seria.
Pode ser desespero, mas prefiro tratar isso como saudade, afinal a distância traz lembranças boas sobre tudo que passamos juntos. Foram momentos agradáveis e de discussão, porém, o que está em destaque é a nossa paixão. Confiamos um no outro, sem ter a mínima noção do que o futuro nos reserva, e isso é fundamental. Nosso amor cresce cada vez mais. Sinto que é algo puro e verdadeiro.
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Confissões de uma garota que acha que a vida é uma festinha!
Teen FictionLonge da família, nada parece fazer sentido, e o amadurecimento se transforma com o tempo. As responsabilidades estão nítidas dessa vez, e os dilemas passam a ser outros - mais complicados, talvez. Logo de início, Kauany narra as suas experiências e...