💛 LUCYNDA 💛

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 A noite foi muito longa

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A noite foi muito longa. Jamais pensei que fosse lidar com tamanha ansiedade e agonia, o que geralmente acaba dificultando na hora de dormir para se ter um bom descanso.

Sabe quando é véspera de natal e rola aquela aflição enorme pra chegar o dia seguinte, olhar em volta da árvore e abrir todos os presentes que foram deixados supostamente pelo papai noel? Então, toda essa aflição está tomando conta de meu interior agora.

Desde a noite anterior até o momento, sinto entusiasmo acompanhado de uma dosagem de empolgação. Poderia correr uns 50 quilômetros numa boa, sem cansaço ou exaustidão (tá, meio que exagerei).

Sem tempo para qualquer estresse, acordei no ritmo para o café da manhã, e encontrei meus pais em volta da mesa, comendo pra valer. A alimentação deles é levada a sério, e isso me deixa animada também, porque amo comer em excesso. Claro que é prejudicial, mas não sei o que acontece comigo quando fico de frente com uma bandeja de brigadeiro.

— Olá, filhota — disse seu Arnaldo.

— Oi, família — falei, com aquele sorriso de orelha a orelha e sentando-me à mesa junto deles.

— Acordou cedo, hein? — soltou dona Agnes.

— Ah, mãe, você sabe que preciso estar cedo na casa da Fabiana — respondi, passando a geleia de abóbora no pão. — Inclusive, tomei banho, passei um perfume seu e vesti essa blusa que a senhora não usava há algum tempo.

— Vai caracterizada de Lucynda ou de mim? — perguntou dona Agnes, com as sobrancelhas erguidas e totalmente paralisada.

Poxa! Aí, ela pegou pesado. Confesso que achei engraçado de início, porém, não valeria a pena carregar esse comentário para o restante do dia.

Após o café da manhã em família, terminei de me arrumar e corri pra pegar o ônibus. O local indicado no cartão entregue por Fabiana era meio longe, não muito, mas seria tranquilo chegar lá.

Quase perdi o horário todo, desde a saída de casa até o local indicado. Foi difícil segurar a emoção. Talvez, eu não fosse mais andar de ônibus, enfrentar filas e encarar a correria do dia a dia. Sem dúvidas, o universo da fama e da moda esperava por mim. E foram esses pensamentos que surgiram em minha mente durante o percurso.

Coloquei os fones de ouvido, liguei o som no último volume e permaneci sonhando alto, mesmo.

💛💛

Ao chegar no endereço, me deparei com um residencial enorme, chique, pra deixar mais claro, e fiquei até meio envergonhada por estar vestida de um jeito... simples.

Guardei o celular na bolsa, caminhei até a portaria e avistei um senhor sorridente, simpático, que logo veio me atender na maior animação.

— Olá! — disse ele. — Como posso ajudá-la?

Confissões de uma garota que acha que a vida é uma festinha!Onde as histórias ganham vida. Descobre agora