XXIV - The Only Exception

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Talvez eu saiba que em algum lugar
No fundo da minha alma que o amor nunca dura
E temos que achar outras maneiras
De fazer isso sozinhos...
The Only Exception - Paramore

Rey acordou assustada. Sabia que não descansaria naquela noite facilmente. Seus sonhos foram atormentados por seus encontros com Kylo Ren e linhas do tempo alternativas em que os Sith venceram. Estava constantemente exausta e não sabia como fazer os pesadelos pararem. Desta vez, porém, em vez de acordar suando nervosa e se encher de pavor e náusea pela gravidez, ela sentiu conforto e uma enorme sensação de alívio. Estava com a resistência. Ali poderia ter seu Bebê em paz.

Com a mente acelerada com mil pensamentos, ela pulou da cama e foi fazer sua higiene matinal. Precisava procurar a general Leia, e contar a ela sobre o filho que carregava no ventre.

- Bom dia, mestre Rey! - C-3PO a cumprimentou quando ela se sentou em um dos assentos da sala. - Mestre Finn e Mestre Rose estão quase terminando de preparar o café da manhã. Eu não acho que está indo bem, pelo que parece.

- Eu posso dizer pelo cheiro.

- Eu não posso cheirar.

- Considere-se com sorte - ela murmurou. Ela amava muito os amigos, mas apenas o cheiro da comida deles podia matar um wampa.

- Ah, você acordou. Pensei ter ouvido alguma coisa. - disse Rose, entrando na sala com pratos e garfos. - Estamos quase terminando o café da manhã. Encontramos um monte de ovos abandonados de Porg, então pensamos em tentar algo simples e fazer ovos mexidos.

- Quantos anos tinham os ovos?

- Não tenho certeza. O R2 tinha uma receita para eles, mas tivemos que improvisar.

- Feito! - disse Finn quando entrou na sala com R2D2 apitando atrás dele. Ele colocou um prato cheio de ovos esverdeados na mesa. - Espero que tenham um sabor melhor do que parecem.

Rey colocou uma colher de ovos no prato, pegou um garfo e colocou na boca. Ah, sim, eles tinham um gosto ruim, pior do que ela pensava. Mas eles ainda eram comestíveis. Estava com tanta fome que não podia reclamar, pois sabia que eles tinham sorte de ter a comida que eles faziam.

- Sim, estão são terríveis! - disse Rose, franzindo o nariz.

- Rey, você está com fome mesmo... - disse Finn, enquanto servia dos ovos. - Você dormiu bem?

- Não tão bem... - Finn largou o garfo e direcionou os olhos para a amiga.

- Porque Rey? Desde que chegou, sinto que há algo estranho, desconexo, seja o que for, vamos encarar tudo juntos...aquele maldito fez alguma coisa com você? Invadiu sua mente novamente?

- Finn, combinamos de deixar Rey descansar! Ela acabou de ser liberta do cativeiro... - disse Rose calmamente. - Temos que apoiar Rey. - ela tentou sussurrar, mas os ouvidos de Rey ainda eram bastante funcionais.

- Gente, eu realmente aprecio que estejam preocupados comigo, mas eu preciso conversar primeiramente com Leia, logo em seguida prometo compartilhar com vocês... - disse a Jedi.

- É tudo culpa de Kylo Ren, aquele mostro... - Finn apertou os punhos quando Rose se afastou.

- Eu estou bem Finn! - Rey gritou quando ela se levantou da mesa. - Este problema é meu, não o seu. Eu não estou mais com fome. - Disse saindo da sala.

Rey sabia que teria que lidar com as consequências à sua maneira. Estava sozinha agora...
O problema era maior do que apenas Kylo Ren invadindo sua mente. A força tinha uma conexão forte entre eles, não importava a distância, era aterrorizante nunca saber quando ele a alcançaria. Ou pior, alcançaria seu Bebê. Sem se dar conta sua mão já estava em seu ventre. Protegeria seu filho a qualquer custo.

Rey lentamente levantou a cabeça e vou Leia caminhando até ela, pelo corredor.

- Podemos conversar agora? - As lágrimas da Jedi começaram a rolar de seus olhos quando ela assentiu. Ela não se importava se qualquer membro da resistência a visse.

- Sim. - Leia gentilmente pegou a mão dela e limpou as lágrimas da bochecha da mais nova. O alívio e a alegria que sentira naquela manhã foram confirmados. Estava conectada a mais nova pela força. Leia sabia que iria ser avó, um filho de Ben, um pedaço dela e de Han estava ali, em Rey. - Vamos para meus aposentos.

Rey podia sentir a excitação e o nervosismo tomarem conta de seu corpo. Chegando ao quarto de Leia, as duas se acomodaram sobre o leito, uma de frente para a outra.

- Agora criança, conte-me o que aconteceu desde Bespin.

- Ben voltou a se conectar comigo, depois da reunião... estava em uma órbita próxima a Tatooine. Pedi a um dos guardas do rei, o acesso ao hangar para que pudesse pegar uma nave cápsula de menor porte. Na minha cabeça estava certa de que voltaria antes que Poe, Finn e Rose deixassem o planeta. Eu não queria perder oportunidade ver Ben. Ele passou as coordenadas do local aonde estaria e eu fui ao seu encontro. Eu me deixei levar por um amor manipulador, fui fraca, me deixei cegar pela esperança de ter Ben conosco, ao nosso lado... Ele arquitetou um plano, para que eu o encontrasse, assim ele pode me capturar... para que eu ficasse ao seu lado, diante da Primeira Ordem. - As lágrimas estavam em pleno vigor agora, quando inundaram suas bochechas. - Eu estou gerando um filho de Ben... - Rey disse a queima roupa.

- Rey não se martirize! Eu também já quebrei regras por alguém que amei. Você é uma mulher forte, não se sinta desestabilizada por amar meu filho, o homem pelo qual você se apaixonou ainda está lá! Acredito que tudo tem um propósito, e se está grávida de meu filho, - colocou a mão sobre o ventre da Jedi. - se sinta acolhida por mim e pela resistência. Você e seu filho... Estarei aqui por vocês! Vocês não estão sozinhos... - Disse sorrindo.

- Obrigada Leia! De verdade... - Disse muito emocionada.

- Que a força seja com vocês!

Continua...

One Last Night Where stories live. Discover now