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Pov Karla Camila Cabello-Jauregui Iglesias-Vives.

Adentrei minha antiga casa sem achar necessário bater antes. Grande erro. Arregalei meus olhos, já tampando a visão de meu filho.

— Mães! — reclamei ao ver as duas se beijando animadamente no sofá.

Ouvi a risada de Lauren atrás de mim.

— Mas que merda, Camila. 33 anos e você ainda consegue ser uma empata foda — Verônica resmungou, se levantando e ajeitando a camisa social que usava.

— Verônica! Nosso neto está ali — Lucy lembrou enquanto eu entrava melhor na sala.

— Meu amor, é o filho da Camila. Você não acha que ele já ouviu pior? — provocou, me fazendo rolar os olhos.

— Pode não falar essas coisas na frente do meu filho? — reclamei, a fazendo rir enquanto se aproximava — Oi mãe — a cumprimentei com um abraço que ela apenas usou para tirar Dimitre do meu colo — Oi mama — me inclinei para beijar o rosto de Lucy e me sentar ao seu lado.

Observei minha esposa deixar a bolsa no sofá e cumprimentar minhas mães com carinho. Isso me fazia sorrir. Lembrar que no começo Lauren quase não conseguia ficar no mesmo recinto que minhas mães e essas provavelmente fantasiavam sobre matar minha namorada - quando ainda não era minha namorada.

Me fazia feliz saber o quanto elas começaram a se dar. Lauren costumava almoçar com Lucy em dias aleatórios ou sair para um passeio com Verônica. Era um tanto quanto engraçado. Eu gostava disso.

— Lauren querida, como está seu livro? — Lucy perguntou interessada, mesmo que sua atenção e desviasse a cada segundo para olhar o neto com Verônica.

— Estou tendo progresso, Lucy. Acho que termino em algumas semanas — minha esposa respondeu despreocupada — E as coisas no hospital?

— Não tem muito de novo. Crianças ficam doentes e cuido delas — mama balançou os ombros um pouco entediada — Mas venham, o almoço já estava pronto antes de chegarem — avisou, se levantando e rumando para cozinha.

Ri quando observei ela praticamente roubar Dimitre do colo de Verônica e começar a brincar com o neto. Balancei a cabeça pela cena. As duas eram completamente trouxas pelos netos.

— Nunca sei quem são piores em mimar nosso filho, suas mães, meus pais ou você — Lauren provocou e eu me permiti rir, caminhando com ela até a cozinha.

— Depende do dia — brinquei, a fazendo rir também.

Entramos no cômodo e já nos ajeitamos na mesa. Deixei que minhas mães se entendessem com Dimitre e me foquei em almoçar tranquilamente pela primeira vez na semana sem meu filho resmungar a cada segundo que prefere sorvete.

Conversamos banalmente durante o almoço, sobre o que estava acontecendo na cidade, no país, em nossas vidas. Verônica rapidamente mudou de assunto quando Lucy ia novamente a repreender por trabalhar demais após ter um infarto. E eu logo desviei quando o assunto saiu de filhos e afilhados para amigos.

Em algumas horas e alguns copos de suco ou taças de vinho, estávamos de volta à sala. Dimitre já tinha dormido e Lauren havia o levado para o andar de cima. Enquanto eu já tinha tirado os sapatos e estava confortavelmente no sofá.

— Mas, enfim, você chegou, se apossou do sofá, está comendo nossa comida. O que houve? — Lucy questionou de repente, em um semblante sério que me fez a encarar incrédula.

— Eu não posso simplesmente estar com saudades das minhas mães!? — respondi, bufando quando as duas riram — Assim parece que eu sou uma filha insensível — reclamei, rolando meus olhos ao ver as dus rindo.

All I KnowHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin