Capítulo 1 - A caçada

5.4K 454 187
                                    

O dia amanhecia na Cidade das Árvores

Hoppla! Dieses Bild entspricht nicht unseren inhaltlichen Richtlinien. Um mit dem Veröffentlichen fortfahren zu können, entferne es bitte oder lade ein anderes Bild hoch.

O dia amanhecia na Cidade das Árvores. Uma águia imperial sobrevoava a cidade. Os cidadãos já acordavam e se aprontavam para ir trabalhar. Mercadores iam abrir suas vendas, já podia se escutar o som das ferramentas de um ferreiro ao longe, lenhadores já pegavam seus machados prontos para mais um longo dia de trabalho. Taverneiros expulsavam os bêbados de suas tavernas, e estes, que passavam a noite toda bebendo, se esqueciam de voltar para casa. Mais um dia comum na Cidade das Árvores, no Reino de Armendor, as Terras do Sul.

Armendor era um reino pacífico, ainda em desenvolvimento. Sua economia baseava-se principalmente em extração de madeira e ouro. O reino todo era cortado por uma extensa mata fechada, a Floresta de Taurdin. Era uma densa e silenciosa floresta cheia de perigos que servia como uma muralha natural, protegendo Armendor que se escondia em seu interior. Taurdin guardava muito mais que um reino, também era o lar de animais selvagens e bandidos.

Embora houvesse trilhas que levavam para dentro e para fora da floresta, alguém que não conhecesse bem a região se perderia facilmente e talvez nunca mais fosse encontrado, ou talvez fosse encontrado por criaturas nada agradáveis.

Mas havia alguém, em Armendor, que parecia não se importar com os perigos de Taurdin. Esse alguém era Aria, uma jovem e bela garota, valente e ainda assim delicada. Armada apenas com seu arco ela se embrenhava em Taurdin atrás de sua caça logo ao nascer do sol. E a caça desta vez era uma corça. Aria seguia o rastro do animal há dois dias e naquela manhã estava mais próxima de encontrar. As pegadas indicavam que a corça havia passado por ali há pouco. Ela parecia estar ferida, pois suas pegadas estavam irregulares, talvez fosse uma pata quebrada.

Não demorou muito para a garota encontrá-la. E lá, escondida pela vegetação, estava a corça se alimentando, desatenta. Aria armou o arco e mirou. O animal nem sentiria o que o havia acertado, seria indolor. O tiro foi certeiro e a corça caiu. Aria se aproximou de sua caça. Uma das patas dianteiras realmente estava quebrada, dobrada em um ângulo estranho. A jovem tirou a flecha e com esforço foi arrastando o animal abatido até onde estava um belo cavalo marrom. Ganis, era o nome do cavalo, forte e veloz, era fiel a Aria e obedecia a todos seus comandos. Preso a ele havia um pequeno vagão de madeira onde Aria colocou a corça.

A garota parou para observar o animal morto, uma caçada como aquela trazia lembranças ruins a Aria, algo que ela preferia evitar lembrar.

Oito anos atrás, num local próximo de onde Aria se encontrava a mesma cena se repetia, porém não havia terminado da mesma maneira.

Um homem embrenhava-se pela floresta, seus passos silenciosos camuflavam-no por entre as árvores. Ele mantinha seu longo cabelo castanho preso em uma trança que caia até seus ombros, seus braços musculosos eram marcados pela fina camisa de algodão que ele usava. Seu rosto austero, porém belo, ainda mantinha certa vivacidade por causa de seus olhos castanho-claros que irradiavam alegria. Este homem era Faronil, um habilidoso ferreiro da Cidade das Árvores, que armado com seu arco e flechas e sua espada era também um exímio caçador.

Série Guerreira - Livro 1 - ArmendorWo Geschichten leben. Entdecke jetzt