Capítulo 7 - Uma conversa muito séria

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Aria se sentou, apreensiva com o que seu tio tinha para lhe falar

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Aria se sentou, apreensiva com o que seu tio tinha para lhe falar. Anne que preparava o jantar tentava não olhar nos olhos de Aria. Tia Célia estava com o rosto preocupado, mas tio Palomir tinha a expressão séria. "Será que ele descobriu que estou passando minhas tardes com um homem desconhecido? Ou será que contaram a ele que furtei o pomar real?"

– Tio... – começou Aria, mas foi interrompida.

– Aria, quero lhe dizer uma coisa – disse tio Palomir.

– Tio Palomir, eu juro que eu não farei de novo – tentou explicar Aria.

Tio Palomir riu. "Como ele pode estar rindo se o assunto parece ser tão sério", pensou Aria.

– Não, não minha menina – disse tio Palomir. – É sobre outra coisa que quero falar.

– E sobre o que é? – perguntou Aria.

– Hoje cedo, quando estava trabalhando – disse tio Palomir –, um cliente meu chegou dizendo que estava orgulhoso. Eu perguntei a ele o porquê. Ele estava aliviado, pois já havia duas semanas que ele tinha casado sua última filha. Eu também comentei com ele que daqui alguns dias também casaria minha filha.

– Sim – disse Aria. – E todos nós estamos muito felizes com o casamento de Anne, mas não entendo o que isso tem haver comigo?

– Aria – continuou tio Palomir –, você é filha de meu irmão, mas depois da morte dele, eu criei você como se fosse minha filha, então sou responsável por você. E depois da conversa que tive com meu cliente pensei, Anne se casará em pouco tempo, não preciso me preocupar, mas Aria, ela ainda não tem um noivo.

– E o que isso significa? – perguntou Aria temendo a resposta.

– Significa que vamos arranjar um noivo para você – respondeu tio Palomir.

– Mas, tio, o senhor não acha que ainda sou muito nova para casar? – perguntou Aria.

– Você já está mais do que na idade de se casar – disse tio Palomir. – Todas as meninas da sua idade já estão casadas.

– Sim – disse Aria –, casadas com homens com o dobro da idade delas. Casaram-se por obrigação, e não por amor.

Amor, pensou Aria, quem era ela pra falar sobre isso, nunca havia amado alguém. Nem entendia sobre o assunto.

– Aria, o amor não é tudo – disse tia Célia tentando acalmá-la. – Não queremos ver você morando em qualquer lugar, passando fome, desprotegida, vivendo apenas de amor.

– Exato – disse tio Palomir –, queremos que você se case com alguém que tenha condições de cuidar de você, que a proteja, lhe dê um lar. Isso é para o seu bem, Aria. Você sabe que queremos o melhor para você.

– Talvez isso não seja o melhor para mim – disse Aria sentindo uma lágrima escorrer pelo seu rosto.

– Minha querida – disse tia Célia –, não chore. Não gosto de vê-la assim.

Série Guerreira - Livro 1 - ArmendorOnde histórias criam vida. Descubra agora