Capítulo 21 - Memória

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Aria não via nada, não sabia onde estava, nem para onde estava indo

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Aria não via nada, não sabia onde estava, nem para onde estava indo. A dor quase insuportável que ela sentia a deixava com dificuldade para pensar. Seu corpo todo doía e queimava. O veneno já estava agindo. Logo ela não estaria mais ali.

Ela perdera a noção do tempo. Não tinha ideia do que estava acontecendo. Às vezes ela sentia alguém apertando sua mão com muita força, às vezes ela sentia uma mão acariciando seu cabelo, como se fosse uma brisa, às vezes sentia uma leve pressão em seus lábios, ora em sua cabeça, alguém a beijava.

Houve um momento que ela pode escutar brevemente o que se passava a sua volta. Uma voz bem baixa, quase um sussurro, bem perto de seu ouvido.

– Acorde, Aria! Eu preciso de você aqui.

Era Tumen, disso ela tinha certeza. Aria percebia o tom de tristeza na voz dele. Ele estava sofrendo. Ela precisava acordar. Aria fazia força para abrir os olhos, mas cada vez que ela fazia isso, a dor ficava cada vez mais forte. Ela acabava desistindo e perdia a consciência novamente.

Aria sonhou com algo que acontecera a ela na infância. Ela andava por Taurdin. Ainda tinha dez anos. Naquele dia caçava coelhos. Estava tão concentrada que mal percebeu que estava sendo observada. Águia, que na época já era uma ave magnífica, pousou no ombro de Aria e piou para um homem que observava a menina.

Ela se virou assustada, armando o arco em direção ao homem, mas ao olhar melhor para ele abaixou o arco. Visivelmente ele não era um Gatuno.

– Perdoe-me, senhor – disse Aria. – Pensei que fosse outra pessoa, por isso apontei o arco.

– Eu que peço perdão por tê-la assustado – disse ele.

O homem era alto e belo. Tinha cabelo preto e a pele bronzeada. Seus olhos verdes pareciam sorrir para Aria, reluzindo à luz do sol. Ele usava um casaco bordado, simples, mas bonito. Suas botas de couro grosso iam até os joelhos e estavam totalmente lustradas. Sobre os ombros largos ele usava um manto longo de tecido azul marinho. Provavelmente ele era alguém de nascimento nobre. Aria nunca havia visto alguém como ele por aquelas bandas.

– Eu estava observando suas habilidades com o arco. Você é muito boa.

– Obrigada, senhor – disse Aria.

– Você está sozinha? – ele perguntou.

– Conheço essa área muito bem – respondeu Aria. – Não tenho medo de entrar sozinha na floresta. Eu nunca me perco.

– Diferente de mim – disse o homem rindo. – Meu irmão me avisou que eu não deveria entrar na floresta sem um guia senão eu me perderia facilmente. Não dei ouvidos a ele, pensei que ele estava brincando e é claro que acabei me perdendo. Foi sorte eu tê-la encontrado, uma pequena que nunca se perde.

Série Guerreira - Livro 1 - ArmendorWhere stories live. Discover now