Capítulo 6 - O pomar

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O sino tilintava amarrado ao cinto de Tumen

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O sino tilintava amarrado ao cinto de Tumen. Logo à frente, um sino semelhante ao dele também retinia preso ao alforje de Aria. Naquela tarde a garota os levava por um caminho diferente. Cavalgavam por uma parte da floresta que era bem próxima à Cidade das Árvores.

– Hoje vou levá-lo a um lugar bastante conhecido – comentou Aria. – Podemos ter a sorte de o lugar estar vazio, pois caso encontremos alguém, teremos que voltar.

– Por quê? – perguntou Tumen, curioso.

– O lugar tem dono – foi tudo o que Aria disse. – Já estamos chegando.

Eles entraram num local que parecia ser uma fazenda. Árvores frutíferas diversas haviam sido plantadas dentro de um padrão. Embora pertencesse a alguém, não era uma área cercada. Aria vasculhou o ambiente com olhos atentos, ao verificar que não havia pessoas abriu um sorriso e desmontou de Ganis. Tumen a seguiu.

– Onde estamos? – perguntou Tumen. – A quem pertence essa terra?

Aria se aproximou de Tumen, pôs uma mão sobre a boca e sussurrou no ouvido do rapaz.

– Bem-vindo ao pomar real.

Tumen arregalou os olhos, fitando Aria sem acreditar.

– Este pomar pertence ao rei! – exclamou Tumen. – Por que me trouxe aqui? Vamos ser repreendidos se nos encontrarem.

– Shhhh! – Aria colocou um dedo sobre os lábios de Tumen. – Fale baixo. Vamos só colher algumas frutas e vamos para Thoronbar. Há muitas frutas aqui, ninguém vai dar falta de três ou quatro. Venha comigo.

Aria seguiu por entre os corredores de árvores até chegar a um conjunto de pés de tangerina. A garota procurou por tangerinas maduras e colheu algumas, colocando-as em seu alforje. Seguiu por outro corredor até encontrar nespereiras, e colheu mais frutos maduros, entregando-os nas mãos de Tumen, que os guardou em sua bolsa. O rapaz a seguia sempre vigiando por cima dos ombros, parecendo bastante incomodado. Pararam novamente perto de morangueiros e Aria colheu alguns.

Ela andava por entre os corredores do pomar como se o conhecesse como a palma de sua mão. Depois de encher seu alforje até não caber mais frutas, Aria, exultante, foi retornando até onde deixara Ganis. Na metade do caminho alguém gritou.

– Ei, vocês dois! O que pensam que estão fazendo? Este pomar pertence ao rei.

– Corra! – gritou Aria que parecia estar se divertindo.

Os dois correram até os cavalos e dispararam floresta adentro. O agricultor ainda ralhava atrás deles. A risada de Aria ecoava por entre as árvores enquanto fugiam. Tumen relaxou ao ouvir a garota achar graça da situação e acabou caindo na gargalhada também. Só desaceleraram os cavalos quando chegaram a Thoronbar.

Série Guerreira - Livro 1 - ArmendorWhere stories live. Discover now