Capítulo 15 - Armadilha

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De manhã, Aria saiu para caçar

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De manhã, Aria saiu para caçar. Voltou para casa mais disposta do que quando havia saído. Já fazia uma semana que ela não saía de casa. Naquele dia decidiu ir a Thoronbar. Arrumou tudo o que precisaria e cavalgou até a campina.

Chegando lá ficou brincando com Águia. Thoronbar passara a ser um lugar diferente para Aria do que era antes. Tudo lá a fazia se lembrar de Tumen. Quando Tumen tocou Águia pela primeira vez, quando eles duelaram e quando Aria brigou com ele. Aquilo a estava matando. A conversa com Anne fez Aria ficar melhor, mas não totalmente. Ela ficou pouco tempo em Thoronbar. Mas dessa vez foi embora caminhando, segurando as rédeas de Ganis, Águia pousada no dorso do cavalo.

*

Tumen entrou em Taurdin, já sabia aonde ir. Mas não foi pelo caminho habitual. Decidiu ir por outro caminho, mesmo desconhecendo a floresta. Foi cavalgando e se embrenhando cada vez mais, até que não sabia como sair dali. Desmontou de Rohalak para tentar se situar.

– Veja só, Rohalak – disse Tumen. – Agora estamos perdidos, eu devia ter ido pela trilha que Aria me ensinou, mas agora já é tarde. A minha sorte é que o céu ainda está claro.

Continuou andando tentando achar uma saída. Para quem estava perdido, Tumen parecia extremamente calmo, talvez apenas não estivesse ciente dos perigos que havia na floresta. Foi quando sentiu alguma coisa se enrolar em seu pé e então foi puxado para cima de cabeça para baixo.

– Ah! – gritou Tumen – Que maravilha, além de perdido acabei de cair em uma armadilha.

Tumen procurou em seu cinto por alguma faca ou punhal que ele pudesse usar para cortar a corda, mas não havia trazido nada consigo. Tentou então alcançar a árvore onde a corda estava presa, balançando seu corpo de um lado para o outro. Se ele alcançasse a árvore talvez conseguisse um ponto de apoio para desamarrar a corda e sair lá de cima. Mas a árvore estava longe do seu alcance, então desistiu, já estava ficando cansado e tonto. Rezou para que alguém o encontrasse logo, desde que não fosse um Gatuno. Uma vez Aria dissera que havia patrulheiros em Taurdin, Patrulheiros Verdes eles eram chamados. Talvez eles fossem os únicos que o encontrariam ali.

*

Aria foi se afastando de Thoronbar. Havia muito tempo que ela não caminhava pela floresta. Era bom sentir a brisa tocar seu rosto, as folhas secas estalarem embaixo de seus pés. Era uma sensação de liberdade.

– Como isso é bom, não é mesmo, Águia? – disse Aria.

Águia parecia não prestar atenção no que Aria dizia. A ave abriu as asas e saiu voando por entre as árvores, como se tivesse visto alguma presa.

– Ei! – gritou Aria – Águia volte aqui, agora não é hora de caçar.

Aria ficou observando a ave se afastando cada vez mais. "O que será que ela viu para estar voando tão rápido?", pensou Aria. "Águia nunca age dessa maneira."

Série Guerreira - Livro 1 - ArmendorOnde histórias criam vida. Descubra agora