Capítulo 10 - Preocupações

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Tumen já aguardava Aria na cachoeira, no horário de sempre

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Tumen já aguardava Aria na cachoeira, no horário de sempre. Quando ela chegou, o rapaz deu um abraço tão forte em Aria que os pés dela saíram do chão. Ele a beijou ternamente e a puxou até uma área sombreada sob as árvores.

– Como está o corte? – perguntou Aria, passando a mão onde ela havia cortado – Está melhor?

– Logo vai cicatrizar – disse Tumen. – Além de ter uma boa pontaria, também é boa na esgrima.

Aria riu.

– Luto bem – disse Aria. – Mas prometo que não vou lhe cortar nunca mais.

– Não quer mais duelar comigo? – perguntou Tumen.

– Talvez algum outro dia – disse Aria. – Quando se recuperar do último duelo. Só que vou tomar mais cuidado.

– Sim – disse Tumen –, porque se continuarmos nesse ritmo, logo vou estar todo em pedaços.

Os dois riram. Tumen a envolveu num abraço.

– Quero tanto levar você comigo para Andunëar – ele sussurrou para Aria. – Se tudo der certo, você iria comigo?

– Eu adoraria. Mas por que "se tudo der certo"? – perguntou Aria – Alguma coisa pode dar errado?

– Desculpe-me por não ter comentado antes – disse Tumen. – Mas antes que eu possa voltar ainda há contratempos para serem resolvidos. Só preciso de algum tempo para me organizar.

Aria percebeu que Tumen ficara preocupado ao dizer aquilo. "O que será que poderia não dar certo?" A voz de Tumen que era sempre firme, destemida, agora estava com um tom de medo. Alguma coisa ia acontecer, mas o que era afinal? Aria preferiu não perguntar, não queria deixar Tumen mais desconfortável com a situação.

– Ei! – disse ele, levantando-se de repente. – Eu trouxe algo.

Tumen foi até Rohalak, e preso à cela do animal havia uma cesta de vime. O rapaz a soltou e levou até onde eles estavam sentados. De dentro da cesta ele tirou uma grande toalha que estendeu no chão, tirou também vários embrulhos e um odre. Ao abrir os embrulhos havia bolos, alguns doces e frutas.

– Alguns dias atrás você ganhou a corrida de cavalo e eu disse que traria comida para o nosso próximo encontro – disse Tumen. – Eu acabei nunca trazendo, peço perdão por isso, mas agora eu fiz o melhor que pude para preparar isto.

– Tumen – disse Aria –, eu não esperava por isso.

– Venha – chamou Tumen, fazendo Aria se aproximar. – Vamos nos empanturrar com toda essa comida.

Aria riu e pegou um bolo para provar. Era de nozes e estava delicioso. Tumen abriu o odre e ofereceu à garota. Ela bebeu um gole, era vinho com especiarias, Aria podia sentir o sabor. Nunca havia provado algo assim, mas adorou.

Série Guerreira - Livro 1 - ArmendorWhere stories live. Discover now