Capítulo 6 - Despertou

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POVS CHRISTOPHER

Lissete já não estava mais no quarto, para que eu pudesse ter um momento a sós com Danna. Enquanto eu lhe fala, aproveitei para fazer um carinho em sua mão, que às vezes era tão difícil tocar, já que estava sempre se esquivando de mim.

Querida...gostaria tanto estar no seu lugar...eu sei que tenho errado tanto mas eu juro que se você acordar eu vou tentar ser um marido melhor, mas presente, vou te ouvir mais - ele eu disse próximo ao ouvido dela enquanto fazia carinho em sua mão - volta pra mim Danna, volta…


Eu então aproximei minha boca de sua testa e lhe depositei um beijo ali e foi então que vi suas pálpebras mexerem, senti meus coração disparar. Alguns segundos e ela conseguiu abrir os olhos para minha felicidade e mesmo antes de eu pensar em chamar alguém eu vi a porta se abrir e a enfermeira entrar.

Ela acordou...acordou - eu disse emocionado

Vou chamar o doutor - a enfermeira morena e de pele clara saiu às pressas

Você voltou pra mim meu amor...você voltou - eu disse beijando sua mão enquanto via ela me olhar confusa.


O médico apareceu e pediu que eu saísse para examiná-la, eu aproveitei para ligar para Lissete e contar a novidade.

Eu ainda estava no telefone quando pude ouvir ela correndo e gritando

ACORDOU...MINHA MÃE ACORDOU- ela grita

O que foi menina? - era a voz da minha mãe - o que houve?

Minha mãe, ela acordou - diz 

Como sabe?

Você pode calar a boca...minha cabeça vai explodir - é claro que só podia ser Carlinhos

Minha mãe Carlos, ela acordou, o papai acabou de dizer

Ual, não sabia que as cobras tinham sete vidas 

Para de falar assim

Seu pai disse mais alguma novidade? - agora era Ana Bertha que falava

Disse que ela continua debilitada...mas é a melhor notícia do mundo. Não é Manuel? 

Claro menina, uma boa notícia - ouvi a voz do motorista particular da família e nem desconfiei o quanto ele estava nervoso.

{...}

POVS DULCE

Quando eu abri meus olhos pela primeira vez parecia que eu tinha dormido por horas, a claridade incomodava minha visão, percebi então que eu estava em uma cama de hospital porque não parava de ouvir aparelhos, fui colocar a mão em meu rosto mas senti uma máscara e foi então que senti umas fisgadas em meu peito e foi então que percebi um homem de branco me olhando.

Olá senhora, sabe onde está? - ele perguntou ao tirar minha máscara

Em Bogotá? - eu disse confusa 

Não senhora, estamos na Cidade do México, em um hospital...não se preocupe é normal estar confusa, é decorrente a anestesia - ele tentou né tranquilizar mas nesse momento eu fiquei nervosa por lembrei de tudo, o tiro, a mulher igual a mim, a troca de lugar - vou chamar o senhor Presidente, seu marido

Não.. não - eu neguei com a respiração ofegante - quero minha casa - implorei

Senhora não fique agitada, você precisa descansar - uma enfermeira morena com um semblante calmo se aproximou da minha cama

Aplique um calmante nela enquanto vou falar com o senhor presidente - eu o ouvi falar antes de sair

Quando percebi que a enfermeira estava prepara um remédio para me aplicar, fiquei mais nervosa e foi quando minha respiração começou a falhar.

Me ajude...Savinon...sou Dulce...Savinon... Fundação...em Bogotá - eu disse tentando puxar o ar enquanto ela me olhava sem entender nada do que eu dizia

Por favor senhora você precisa se acalmar - ela colocou a máscara de volta e me aplicou o remédio e o jeito foi me entregar ao sono.


POVS DANNA

{...}

Eu não sou mulher de ficar choramingando por homem, mesmo que eu o ame. Decidi curtir a noitada de Cancún, fui para uma boate conceituada, enchi a cara e dancei até não aguentar mais. Porém é claro que o álcool me fez ficar mais dramática e tudo o que eu queria era estar com Pablo, então decidi ligar para ele me buscar.

Alô - ele atendeu

Amor...eu preciso - solucei de tão bêbada - vem me buscar - choraminguei

Danna, onde você está? Tá bêbada? - ele perguntou parecendo indignado

Só um pouquinho - ri - vem por favor...não consigo andar, tenho medo que abusem de mim - fiz um drama

Não sai da onde está. Me manda a localização que vou agora - ele pareceu preocupado e eu sorri vitoriosa


Só lembro dele me encontrando sentada no meio fio da calçada onde estava a entrada da boate, me pegando no colo e me colocando dentro do carro.

No dia seguinte acordei com a cabeça explodindo, ao me virar para o lado encontrei Pablo com um copo d'água na mão e uma aspirina.

Ontem você passou da conta - ele me entrega o remédio enquanto eu sento na cama para toma-lo

Eu precisava espairecer - eu respondi - será que sua raiva já passou?

Danna a questão aqui não é sentir raiva. Para e pensa um pouco: você mandou matar sua própria irmã

Eu fiz por mim e por nós. E outra não entende essa consciência sua já que você não é santo - rebati

Meus negócios são diferentes

Ah é? - cruzei os braços - como se não levasse a morte de outras pessoas também

Olha só vamos encerrar esse assunto - suspirou - mas eu não quero ser dado como cúmplice de assassinato

Relaxa baby, ninguém vai desconfiar de nada - puxei ele pela nuca - vamos curtir essa cama vem, vem fazer o que você faz de melhor


Eu morri seu lábio inferior fazendo-a baixar a guarda, não demorou para eu sentir suas mãos em minha cintura, apertando-os, logo ele tomou meus lábios em um beijo feroz e nada delicado porém fomos interrompidos pelo meu celular tocando.

Alô - atendi

Senhora preciso falar com você…

Manuel eu disse pra você não me ligar enquanto eu estiver aqui

O plano deu errado, Dulce se salvou - ele disse de uma vez

Como assim aquela maldita não morreu? - uma raiva subiu pelo meu corpo

Ela está grave ainda no hospital mas…

Não quero saber de mais Manuel, eu quero ela morta, termine o serviço você mesmo. Não quero saber como, apenas a mate - eu desliguei furiosa.


Não era possível que aquela mulher tivesse tanta sorte assim, mas ela não perdia por esperar.

Quién eres tú - VondyWhere stories live. Discover now