Capítulo 28 - Tu la mataste

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POVS DANNA

Havia quinze dias da morte de Blanca, Fernando me tratava com rainha, fazia tudo o que eu queria, comprava tudo o que eu pedia. Porém eu já havia me cansado de estar ali, rodeada de pobreza e daquelas pessoas que vinha até mim me chamando de Dulce. Decidi que já era hora de voltar ao México e voltar a ver minha querida irmãzinha.

Quando entramos no carro, que Fernando havia alugado pela internet, para que ele me levasse em todos os cantos na Cidade do México, ele ligou o rádio e adivinhem só? Estava falando da Primeira Dama e suas conquistas com projetos beneficentes. É já estava na hora de eu voltar.

{...}

POVS DULCE

Estava sendo tão incrível ficar sozinha com Christopher, longe de tudo, de todos, de política, de problemas. Era apenas eu e ele e nosso amor. Por mais que ele não soubesse quem eu era, no fundo eu acreditava que ela havia se apaixonado por mim, Dulce, pelo que sou e mostrei a ele. Talvez eu estivesse me enganando, mas no fundo que acreditava que talvez tivéssemos uma chance de ficar juntos.

Depois de nos amarmos tanto depois que chegamos, fomos tomar um banho de banheira, que ele mesmo preparou, depois me arrisquei na cozinha e preparei uma macarronada, que ele adorou, e até perguntou a onde eu aprendi a cozinhar, já que não sabia, inventei que li na internet. E por fim dormimos abraçados.

Bom dia minha rainha - ele diz aparecendo no quarto apenas de cueca e  com uma bandeja de café da manhã

Bom dia rei - eu sorri e selamos nossos lábios - e esse banquete?

Preparei para nós dois - ele sorri - torradas com geleia que eu sei que você gosta e seu café extra forte e pedaços de mamão

Ual, isso é realmente tudo o que eu gosto - sorri

Na verdade eu fui obrigada a gostar de tudo isso, já que eram coisas que Danna gostava. Eu particularmente preferir torradas com queijo, café fraco e não era chegada a frutas. Entre beijos e carícias terminamos nosso café e depois lá estávamos, nos amando no meio daqueles lençóis. Faltava apenas uma hora para que fôssemos embora daquele sonho que estávamos vivendo. Christopher foi para o banheiro tomar banho e eu já estava prestes a alcança-lo quando ouvi o barulho de mensagem chegar no celular. Até achei que aqui não pegava sinal. Fui até o criadomudo onde estava o aparelho e li a mensagem.

"Dul, sou eu, sua irmãzinha querida.

Estou na Cidade e precisamos nos encontrar urgente. Tenho algo para falar.

Beijinhos." 

Respirei fundo, Danna havia voltado e queria me ver urgentemente, com certeza aquilo não era nada bom. É claro que nada seria tão bom para sempre. Eu pressentia que essa história já estava tomando o rumo do seu final.

{...}

POVS DANNA

No dia seguinte, Dulce marcou de nós encontrarmos em igreja, onde seria menos suspeito e eu concordei. Eu não costumava entrar em igrejas, na verdade esse lugar me dá até arrepios. Sentei no último banco e fiquei esperando e não demorou para ouvir o barulho dos saltos.

O que você faz aqui no México? Onde você deixou minha mãe? - ela me perguntou dura

Dulce… - eu bati no banco para que ela se sentasse ao meu lado - precisamos estar mais unidas que nunca - ela sentou o mais longe possível de mim

Do que você está falando? - ela já parecia preocupada

Blanca...morreu - eu disse tentando parecer o mais triste possível

Não..mentira - ela se levantou desesperada - você está mentindo

Como que queria que fosse mentira - eu me levantei tentando me aproximar mas ela se afastou - ela passou mal de repente, não deu tempo de levar ao hospital

Mentirosa - ela estendeu a mão e deu um tapa em meu rosto - você a matou maldita - ela sentou no banco novamente e começou a chorar desesperada

Enquanto eu fingir estar preocupada com ela, no fundo eu estava me divertindo ao ver seu sofrimento. Era isso que eu queria, Dulce sofrendo. Ela nunca poderia se despedir da mãe. Nunca.

{...}

POVS DULCE

Eu não quis ouvir mais nada que Dá na tinha a dizer, muito menos aquele blá blá de que tínhamos que ficar unidas pela promessa que tínhamos feito a nossa mãe. Eu não confiava nela, eu tenho medo dela, eu queria ficar longe, e pior eu não sabia o que iria acontecer daqui pra frente. O que seria de mim? O que Christopher faria ao descobrir a verdade? Eu estava cada vez mais sem saída e Danna parecia não estar preocupada com essa situação.

Eu ainda estava tão sem chão, sem saber o que fazer, que liguei para Alfonso. Não sei se era o certo mais eu fiz e quando menos esperei ele já estava parado em mim frente.

Alfonso - eu disse entre lágrimas

O que houve? - ele perguntou preocupado

Minha mãe, minha mãezinha, está morta - eu digo arrasada - e eu não me despedi dela

Eu comecei a chorar sem parar e então ele me abraçou.

Eu sinto muito - ele diz fazendo carinho nas minhas costas - enquanto eu estava lá não soube de nada

Danna voltou e acabou de me contar - eu digo me soltando dele - eu...eu não sei porque eu te liguei, acho que porque além de mim e Maite você é o único que sabe…

Tudo bem - ele pega a minha mão - fico feliz de ter sido a mim que você ligou , porque eu me importo com você de verdade - ele limpa minhas lágrimas

Agora com Danna de volta, eu não sei o que ela quer...eu estou perdida. Christopher vai descobrir tudo - eu digo desesperada

Esse é seu maior medo né? Perder Christopher - ele diz decepcionado e eu abaixo a cabeça

Eu...eu…

Tudo bem, eu já entendi - ele diz se afastando de mim - se eu fosse você contava logo a verdade a Christopher

O que? Não - eu digo rápido

Acredite em mim, melhor ele saber por você do que por outra pessoa. Sua única saída agora é ser sincera. Sobre Danna o cerco para ela está se fechando também. Eu já consegui a prova de quem foi o atirador e vou levar para Christopher. Mas pensa bem no que eu disse - ele beija minha testa e sai dali me deixando sozinha.

Eu sabia que ele tinha razão, minha única chance era ser sincera antes que algo me revelasse. Eu já não tinha muita escolha, essa mentira tem que acabar.





Quién eres tú - VondyWhere stories live. Discover now