Fuck it, I love you!

12. Monstro

POV's Rafa

– Porra Prior, que sacanagem, quando eu consigo entrar no vip você vai e me coloca na xepa – Guilherme começa a falar quando entra na sala.

– O jogo é assim mesmo irmão, a gente joga com o que tem – Prior retruca – e vai ser até engraçado ter que ver vocês dois acorrentados – ele fala rindo.

– Prior, você tenta ser o fodão mas no final é só um babaca – Bianca fala irritada.

– O problema são vocês que não sabem aceitar um monstro – Prior começa a se irritar.

– É, tu soube direitinho aceitar aquele monstro com o Babu né Prior – Flay interviu.

– Isso, fiquem todos contra mim mesmo – Prior falou começando a parecer irritado, mas quem estava irritada mesmo era eu.

– Meninas, apenas ignorem. Ele fez isso para provocar e continuar no papelzinho de perseguido dele porque sabe que o público gosta disso – eu falei já ficando de pé.

Ele começou a falar algo, mas não dei atenção, então chamei Bianca para ir até o quarto céu comigo. Tiramos as roupas de coelhinho que estávamos vestindo e entramos no quarto.

– Rafa, está tudo bem? – ela perguntou e vi que estava apreensiva.

– Eu só queria aproveitar meus últimos minutos a sós com você – nessa hora vi que ela suspirou aliviada.

– Assim você me mata do coração, Rafaella, pensei que estava chateada e não ia querer ficar perto de mim – ela disse me fazendo sorrir.

– Jamais que eu deixaria você sozinha, ainda mais acorrentada no Guilherme – falei e dessa vez que sorriu foi ela – agora vem deitar aqui comigo até chamarem para pegar a corrente – chamei ela já deitando na cama.

Deitamos e ficamos abraçadas fazendo carinho uma na outra, e por alguns minutos eu consegui esquecer o que viria pela frente.

– Pelo menos aconteceu uma coisa boa hoje, você está imune – ela fala sorrindo.

– Verdade, o número cinco sempre me traz sorte – falo pensativa.

– Fala de novo a primeira palavra – ela tem um olhar travesso.

– Verdade? – acaba soando mais como uma pergunta.

– Sim, fala de novo – ela fala toda animada.

– Verdade, uai – continuo falando sem entender nada – Aí Bianca, cê tá me zoando? – pergunto e sinto meu rosto ficando vermelho.

– Nãoooo – ela fala com pressa – é que eu acho muito bonitinho você falando "verdade", seu sotaque é tão lindo, dá vontade de te ouvir falar o tempo inteiro – nesse momento eu tenho certeza que estou totalmente vermelha.

– Bianca Andrade, eu não sei o que eu faço com você – falo rindo.

– Eu sei, pode me beijar – ela disse ainda sorrindo, porém já estava bem mais próxima a mim.

Não demorou muito e seus lábios já estavam colados aos meus, logo aprofundei o beijo e quando nossas línguas se encontraram, nossos corpos voltaram a sentir aquele choque que já era esperado, pois acontecia em todos os nossos beijos. Ficamos nesse clima leve por mais algum tempo, até que tocou o sinal de atenção, pelo visto já tinham liberado o monstro.

– Vai dar tudo certo, hoje tem festa e vamos voltar a ficar um tempo sozinhas – ela me disse e me deu outro beijo antes de levantar – vamos? – perguntou me estendendo a mão.