18. Fuck it, I love you | Praia de Pipa

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POV's Rafa

Já era quarta-feira a tarde, e eu tinha acabado de chegar em São Paulo. Amanhã cedo iriamos viajar para o Rio Grande do Norte, e como ficou combinado que pegaríamos o mesmo voo, eu decidir vir hoje cedo para aproveitar a noite com Bianca. Por falar em Bianca, eu estava morrendo de saudades dela, desde que ela voltou de Goiânia, há dez dias, não nos vimos mais, e apesar de nos falarmos direto por mensagem e ligação, ainda não era o suficiente para matar a saudade.

Eu não sabia se Bianca estava ocupada, então apenas mandei uma mensagem para ela avisando que estava indo deixar minhas malas no apartamento dela e encontraria ela na empresa. Uns quarenta minutos depois eu já estava entrando no escritório de Bianca, que assim que me viu correu para me abraçar.

– Eu estava com tanta saudade – ela disse manhosa.

– Eu também estava com saudade, muita – falei sorrindo.

Bianca se aproximou e colocou seus lábios nos meus, e eu não demorei a invadir sua boca com minha língua, era um beijo repleto de saudade, e em poucos minutos já era possível perceber nossas respirações ofegantes.

– Acho que agora eu não vou mesmo conseguir me concentrar aqui – ela disse enquanto me dava alguns selinhos.

– Nada disso, vai se concentrar sim – falei rindo da carinha que ela fazia – sua mãe ainda está por aqui?

– Sim, está na sala da Ana – falou sorrindo.

– Tudo bem, vou lá falar com a minha sogrinha – dei um selinho nela – não demoro.

Ela ficou me olhando com um sorriso bobo nos lábios enquanto eu saia da sala, e eu mandei um beijinho no ar antes de fechar a porta. Bati na porta da sala da Ana e assim que me permitiram, entrei.

– Rafa, que bom te ver por aqui – dona Mônica falou me abraçando.

– Oi dona Mônica – falei retribuindo o abraço, e assim que me separei fui abraçar Ana – como vocês estão?

– Vou ficar melhor agora sem precisar ouvir a Bia reclamando vinte e quatro horas por dia que está com saudade – Ana falou erguendo as mãos para o alto e me fazendo rir.

– Tadinha dela – dona Mônica falou também sorrindo – mas se bem que a Ana tem um pouco de razão, ela fala o tempo todo que está com saudade

– Eu não posso nem falar nada porque sou do mesmo jeito – falo envergonhada.

O assunto fluía tranquilamente entre nós três, nem parecia que esse era apenas nosso terceiro encontro, elas eram realmente acolhedoras. Depois de uns trinta minutos decidi voltar para a sala de Bianca, mas ouvi vozes ainda no corredor.

– Eu já expliquei a você que não rola. Eu gosto de outra pessoa e estou com ela – Bianca falava calmamente.

– Mas vocês não tem nada sério – a outra voz falou, era uma voz feminina – não é como se eu estivesse te pedindo em namoro, só queria matar a saudade, faz tanto tempo – eu pude sentir meu sangue gelado ao ouvir isso.

– Não tem saudade nenhuma, Bárbara – Bianca continuava com seu tom de voz calmo – como você mesmo disse, isso foi há muito tempo, e já passou.

Eu podia sentir meu corpo esquentando de raiva ao ouvir o nome da DJ. Eu sabia que elas tinham tido um caso há um tempo, e que ela tinha procurado Bianca quando soube que ela estava solteira e ainda não tinha se resolvido comigo.

– Mas Bia... – Bárbara voltou a falar.

Não aguentei ouvir ela falando o nome de Bianca com aquele nível de intimidade, então abri a porta de maneira um pouco brusca, interrompendo sua fala. Bia estava em pé encostada em sua mesa, e Bárbara estava em pé na sua frente. A DJ pareceu um pouco surpresa ao me ver.

Fuck it, I love you!Onde as histórias ganham vida. Descobre agora