Poemas profundos demais para se ler sem um café

35- Convite antigo.

Vens velha amiga,
Grande conhecida a anos
Que já andavas comigo
Mesmo eu não caminhando

Sentas ao meu lado
Pegue café, cheire as flores
Que já morreram a muito tempo
E delas fosse espelho meus amores

Olha o relógio as seis horas estão por vir
Sinal da cruz, terço em mãos
A Deus se pede perdão,
Fazer o que, assim nasci

Espere mais meia hora,
A novela não acabou
Faça favor velha amiga
Meu relógio não parou

Tic Tac, sete horas o ponteiro acusou
Se mão em mão, levanto do sofá
Vou contigo aonde for
Já sem toda aquela dor.

É em um sofá quentinho
De frente a lareira
Fica um corpo meio velhinho
Cheio de marcas de uma vida inteira.

Nota de Rose: Senti cheiro de flores hoje vindo do jardim, e até pensei em sair mas, não havia flores lá fora...