38- Tataraneta.

5 1 0
                                    

Antes prendiam meu corpo
Cortavam minha pele
Usavam meu sexo
E tiravam meu direito de gente

Me trataram com bicho
Faziam eu me sentir um lixo
Por ter nascido de cor...
E mesmo agora isso não mudou
Ainda assim me sinto sufocada
Pois prederam minha alma
Minha razão...meu alto amor...

Continuo sendo taxada de ladra
Suja, feia, desnecessária.
E minha carne já não é mais marcada
Mas minha alma ainda chora de dor.

Poemas profundos demais para se ler sem um caféWhere stories live. Discover now