PURO DESEJO - LIVRO 1

Capítulo 7 - A Rosa Com Espinhos

Dor de cabeça.

Por que eu estava sentindo aquela dor de cabeça horrível?

Que... Cama diferente!

Ouso abrir meus olhos para me acostumar com a claridade que estava dentro do quarto.

Victor estava dormindo tranquilamente enquanto eu estava praticamente agarrada com ele novamente.

Estava somente de calcinha e sutiã.

Será que aconteceu alguma coisa?

Se tivesse acontecido eu teria me lembrado.

Meu deus! O que eu estou pensando na minha vida?

Droga!

Eu dormi com ele. De novo! E em cima dele. Agarrada com ele.

Respiro fundo, e tento me desfazer daquele emaranhado de braços.

Meu vestido estava dobrado na cadeira junto com minha sandália.

Enquanto visto meu vestido o observo. Ele estava dormindo relaxadamente mesmo com essa claridade toda entrando no quarto. Quem consegue dormir com tanta claridade, meu Deus?

Reparo que sua cortina é apenas um pano pregado com um pregador de varal.

Será que ele estava de mudança ou já tinha se mudado? Um apartamento para abates de garotas indefesas?

Meu Deus!

Que vergonha de mim!

Eu dormi depois de alguns drinks bêbada no sofá dele. Provavelmente ele deve ter me trazido para o quarto. Pego meu sapatos e para não fazer barulho naquele chão de madeira, eu não os calço.

Dou uma última olhada em Victor que ainda continua na mesma posição e eu prefiro não acordá-lo. Era melhor. Eu não saberia o que dizer, e não sou boa com desculpas.

Seu quarto era clean. Paredes brancas, um guarda-roupa grande, mais quadros embrulhados no chão, uma cômoda com alguns perfumes e loções espalhados por ela. E tinha um porta-retrato. Caminho em silêncio e vejo que era uma mulher de cabelos bem grandes e volumosos cacheados. Será que era uma de suas modelos? Acho que não, estava muito íntimo para ser sua modelo. Uma namorada?

Será?

Abro a porta devagar e vejo com mais detalhes seu apartamento.

Bem iluminado, janelas amplas, cozinha organizada e pequena. Posso dizer que so caberia duas pessoas ali. Não tina muitos móveis e dava a impressão de ser grande.

Saio de seu apartamento e pego um táxi que estava parado próximo dali.

Digo meu destino.

Iria para meu apartamento tirar essa roupa, tomar um bom banho e ir para a empresa.

E enquanto não chegamos, fico pensando no que aconteceu ontem. O quanto ficamos mais próximos do que todas as vezes que nos vimos.

Eu senti a batida do seu coração.

O que eu queria dele? O que ele queria de mim?

Já tínhamos transado uma, duas, e quase a terceira. Já tínhamos feito sexo, o que ele mais queria e por qual motivo eu estava gostando dele, de estar junto com ele?

Sorrio ao pensar que eu dormi no sofá dele, como ele dormiu no meu.

- Chegamos! – diz o taxista me olhando pelo espelho.

- Aqui! Pode ficar com troco!

- Obrigado, moça. Tenha um bom dia!

Chego em casa e Dalva estava varrendo a sala tirando o tapete. Henrique estava comendo sorvete e vendo o que ela estava fazendo sentado no banco do piano.