7- Namjoon

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  — A PIOR MULHER QUE EU JÁ CONHECI NA VIDA! — respondo a Jin, lembrando do qual grossa aquela mulher é.

  — O que ela te fez dessa vez? — ele pergunta preocupado da outra linha.

  — Ah, nada! Só insinuou que eu estava apaixonado por ela, que eu vivo num filme de romance e tudo, tudo de horrível que você pode imaginar! Cansei de suportar ela! Aquela mulher me enoja, Jin. — respondo, ironizando as primeiras frases.

  — Uau, Namjoon. Nunca vi você tão alterado desse jeito. — ele comenta.

  — Impossível não ficar alterado com uma pessoa tão grossa, rude, mal educada, fria e insuportável! — tento me recompor.

  — Impressionante que você já esteja assim, em plena sete horas da manhã. — ele lança uma voz preocupada.

  — Eu vou embora daqui, Jin. Não quero mais nem ver essa moça. — falo, ouvindo ele suspirar.

  — Eu não havia avisado?_ ele lembrou, como o Seokjin que ele é. — Pode voltar para casa amanhã. Arranjo um novo cuidador.

  Eu tenho dó dessa pessoa.

  — Muito bem, Jin. — concordo desligando.

  Droga, no que eu fui me meter? Eu achando que ela era suportável. Eu dei o meu melhor para quê? Para nada!

  Pelo menos essa vai ser a última vez em que verei essa mulher, pelo resto da minha vida, eu espero.

  Desço as escadas e sigo em direção à cozinha, fazendo meu café da manhã, antes que a víbora chegue. Tomo meu café reforçado, para suportar meu último dia.

  Ouço a cadeira elevador, mostrando que ela está descendo as escadas, fazendo meu coração acelerar, e minhas bochechas esquentarem. De raiva.

  Sei que é ela pelo cheiro de lavanda que emergia da sala até a cozinha. Parece que ela toma banho de desinfetante.

  Ela nem se deu ao trabalho de passar na cozinha. Melhor assim.

  Entrego seu leite e a caixa de cereal na mesa, evitando contato visual. Mas não deixo de notar seu rosto, está mais fino desde que a conheci, sua pele está mais pálida e sem vida, está muito magra, e seu semblante, como sempre, frio. Ela sofre muito ainda.

  Mas isso não é mais problema meu, ela que escolheu me odiar.

  Enquanto ela se servia, ouvimos batidas na porta. Ela olhou na direção da mesma, sem se preocupar muito. Talvez esteja esperando visitas.

  Ando em direção à porta e abro a mesma, me deparando com um homem, com um casaco marrom, e uma boina da mesma cor. Ele me cumprimentou com um sorriso, que retribui fazendo o mesmo.

  — Taehyung! — exclama Soyun, com um sorriso fechado, quando o mesmo entra.

  — Que bom te ver, Soyun! — falou o tal Taehyung. É um pobre tolo.

  — Veio pegar uma das cópias? — perguntou Soyun, enquanto ele se assentava na mesa, junto à ela.

  — Sim, a editora me mandou, para avaliar as condições. — ele respondeu, tirando alguns papéis de sua pasta.

  — Eu tenho algumas lá em cima, para pronta entrega, gostaria de ver? — ela perguntou, conduzindo a cadeira de rodas até a escada.

  — Não, não! — negou o tal Taehyung. — Eu tenho elas por email! À propósito — ele volta seu olhar para mim —, acho que não conheço você.

  — Ah, Taehyung! Esse é meu novo cuidador, Namjoon. — antigo. — Ele está comigo há duas semanas. — ela anuncia, desfazendo seu sorriso quando se volta para mim. Eu me inclino levemente.

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