21 | Can't make sense of nothing

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- júlia

Não sei como as pessoas chegaram tão rápido. Só naquele período que demoramos na escola o hotel havia enchido.

Entramos e cada uma foi para um lado. Ela para o do seu namorado, Nino, e eu para a cozinha. Sabendo que os melhores pratos ficavam na cozinha privada da Chloé, fui até lá em espectativa. Um hambúrguer cheio de queijo? Uma torta de limão? Um doce perfeito de chocolate? Qualquer um dos três estava de bom tamanho. Imagine a minha surpresa ao encontrar duas das três opções na geladeira.

Mesmo sendo o suficiente, salivei ao pensar no hambúrguer. Escondi lá dentro dois pedaços de torta e o doce de chocolate caso alguém resolvesse mexer e pegar. Ainda tinha a noite toda pela frente, não estou a fim de comida de festa então melhor deixar pra depois.

Nas festas eu acabo ficando meio sozinha, mas não acho isso ruim. Não gosto muito de conversar com a música alta no fundo, meu negócio é beber e comer.

Recebo cumprimentos de alguns dos meus colegas pela apresentação e agredeço feliz. Tão diferente das pessoas que estavam lá que não queriam saber quem eu era, apenas conseguir uma entrevista por causa de outro alguém.

Não encontro a Kagami, acho que ela decidiu descansar com tudo o que aconteceu com ela. Querendo ou não, foi uma chance perdida de ela aumentar seu conhecimento como esgremista e dançarina, ainda que não sendo profissional. A mídia já a conhecia por frequentar os mesmos locais que Adrien há meses, cada foto que sai deles é bom para ela. Próxima vez ela consegue e não terá mais que se preocupar com isso.

Desço para o andar principal, onde há a cozinha pública e pego a primeira bebida que vejo.

- Já vai começar a noite bebendo? - Juleka dá risada.

- Quer? - estendo a lata de cerveja para ela. - Não é minha bebida preferida.

Ela aceita e me passa uma garrafa de vinho.

- Você tem sorte que a Chloé não economiza em comes e bebes, se dependesse só de você ela estava falida. Só gosta de bebida cara.

Franzo o nariz. Ela não mentiu.

- Como anda o seu irmão?

- Bem, na verdade.

Isso foi um "ele te superou" discreto. Era isso o que eu queria ter perguntado e ela respondeu da mesma forma.

- Fico feliz.

- Eu também, mesmo ainda querendo você como cunhada. - Ela diz me fazendo rir.

Conversamos mais um pouco e ela saiu em busca da Rose, meio embriagada. Passado uma hora e meia de festa e diversas músicas que eu não curto tanto assim, decido subir para descansar um pouco, talvez tirar um cochilo e depois voltar.

Subo no elevador e ando pelos corredores carregando o que restou de vinho na festa, na última garrafa havia menos de um copo americano. Faço uma parada na geladeira da Chloé e pego os doces. Sento na bancada discando para uma hamburgueria, já que a vontade de comer um hambúrguer escorrendo cheddar não havia passado ainda. Peço para eles subirem com o lanche e quando ele chega volto a seguir meu caminho para o quarto que fico nos dias que durmo aqui.

Entro no cômodo e fecho a porta com o cotovelo meio atrapalhada, o que faz um baque surdo devido ao barulho do térreo, abafando o som.

- O que você está fazendo aqui?

Me assusto ao escutar a voz de Adrien no meu quarto, derrubando o pacote que meu lanche veio embrulhado. Solto um grito.

- Merda! - coloco tudo o que está na minha mão no chão e verifico se meus lanches estão inteiros. Olho feio para ele. - Custou caro. Sai da minha cama.

Aligned | Adrien AgresteWaar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu