Joanna, filha mais velha de Robert Baratheon e Cersei Lannister tem uma decisão muito importante para fazer em sua vida.
Reinar ou viver normalmente?
Amor ou ódio?
Família ou justiça?
A noite já reinava nos céus, Cersei chorava e gritava enquanto a parteira tentava tirar a criança de seu ventre, enquanto isso Robert estava no grande salão se embebedando com seus amigos.
- Tire isso de mim, já não aguento mais a dor! - exclamava a rainha.
- Minha senhora, tens de fazer mais força, já vejo a criança. - a mulher velha tentava a todo custo deixar a rainha imóvel.
E então ali foi o seu último grito de dor, tão aterrorizante quanto o trovão que atravessava o céu naquele mesmo momento, a respiração de qualquer um a metros do quarto cessou, acreditava-se que até mesmo além da muralha havia quem escutasse o rugido de um leão. Mas foi ali, que a esperança nasceu. Uma criança chorava, chorava tanto que chegava-se a ser ensurdecedor.
A parteira logo limpou a criança e teve uma expressão de pena sobre a mesma, era uma menina, o primeiro filho de Rei Robert não era um menino como desejava-se, a pobre menina iria sofrer por isso. Logo a mulher a levou para perto da mãe que prontamente esticou os braços.
- Minha senhora, o bebê é uma menina. - falou a parteira colocando a criança em seus braços.
Cersei deu um sorriso pequeno e fixou seus olhos sobre os olhos da filha, e ela já sabia, aquela criança era fruto de Robert, seus cabelos negros como os descendentes da casa Baratheon e seus olhos escuros que pareciam noites de tempestades pesadas entregavam tudo. Porém Cersei não deixou de amar a pequena garotinha desde o momento que a olhara, ela sentia que a menina seria uma grande Lannister, sua leoa seria uma líder nata.
Depois de alguns momentos admirando a beleza de sua mais nova filha, ouviu as pesadas portas se arrastarem pelo chão e seu tão odiado marido passar entre elas.
- E então o menino nasceu saudável? - a voz grossa do rei ressoou por todo o quarto.
- Sim meu rei, porém a criança não é um menino, e sim uma bela e saudável menina.
Após as palavras saírem de sua boca ela teve medo, medo do quão ruim poderia ser a reação de Robert, talvez ele mandasse a menina para longe dela.
- Deixe-me vê-la. - O homem esticou os braços em direção a mulher.
Cuidadosamente ela colocara a menina nos braços de seu marido. Robert suspirou pesadamente antes de colar seus olhos em cima da pequena Baratheon, mas depois que o fez sentiu que todos os pensamentos que o atordoavam foram levados pelo vento que passara pelo quarto, ele se viu pequeno olhando para ela, tão delicada, tão desprotegida. Foi naquele momento que ele decidiu que amaria a menina até o fim de seus dias, nunca deixaria que nada a abalasse, seria o melhor pai que os sete reinos tivera e faria tudo que sua filha desejasse.
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Ao lado de fora daquele quarto um homem encostava-se na grande parede ao seu lado, olhava entre as portas e via lá dentro uma linda família formada, ele sabia que aquilo tudo não passava de um teatro para todos que não estavam naquele meio, mas ele sabia, como sabia o quanto os dois se odiavam.
Jaime apenas esperava o momento em que Robert saira do quarto para entrar e se esgueirar entre as cobertas da irmã e saber de todos os detalhes do nascimento da menina.
Porém a decepção veio como um soco em seu rosto, a criança não era fruto de seu amor com a irmã, aquela era sim uma Baratheon feita, realmente como o pai, Jaime queria com todas as suas forças odiar a menina, era fruto de uma relação forçada, sem amor, mas ele jamais conseguiu, apenas conseguiu sentir amor por aquela pequena coisinha frágil.
Ele se tornaria seu protetor!
- Qual será o nome da pequena Lannister? - Jaime olhou para Cersei e lhe lançou um sorriso confortador.
- Joanna, será esse o nome de minha primogênita. - disse a mulher com um sorriso no rosto ao lembrar de sua mãe.
