PRÓLOGO

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ATENÇÃO!
ESTE LIVRO SE TRATA DE UMA HISTÓRIA FICTÍCIA/FANTASIOSA, E QUALQUER SEMELHANÇA COM A REALIDADE, LUGARES, PESSOAS REAIS OU OUTRA OBRA ESCRITA É MERA COINCIDÊNCIA...

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Rowenna havia terminado de limpar toda a cozinha. E faltavam alguns minutos para tirar do forno os biscoitos recheados com goiabada. Estas guloseimas seriam as últimas daquela tarde fria e de céu encoberto por nuvens.

- Rô! Me traga a torta de morangos e a geleia de amora, por favor. - Dona Gertrudes fala pra neta que ainda estava na cozinha.

- Já estou indo. - A moça retruca trazendo os quitutes em um saco de papel e colocando em cima do balcão. - Desculpem a demora. - Ela diz sorrindo, enquanto encara um lindo casal em sua frente.

A moça possuía cabelos pretos, curtos e lisos, e aparentava estar grávida de uns 7 meses. O rapaz era moreno, alto, com cabelo e barba feitos. Aparentemente, um jovem casal comum, se não fossem pelo detalhe de seus olhos alaranjados cintilantes, que pareciam brilhar mesmo na sombra da entrada do balcão.

- Ficamos agradecidos, dona Gertrudes! Até semana que vem. - Eles dizem e seguem até o cavalo deles. O rapaz joga a moça com agilidade em cima da montaria e ele sobe logo em seguida, indo embora rapidamente antes da chuva.

- Vó, esse casal é... - Rowenna parece receosa ao questionar.

- Sim. Eles são. - Sua avó responde antes dela terminar a pergunta.

- Mas a senhora nem sabe o quê eu ía falar.

- Você iria perguntar se eles são da aldeia Lupis. Sim, eles são. - A matriarca diz enquanto fecha as portas do balcão. Elas iriam encerrar o expediente mais cedo naquele dia.

- Vovó? A senhora não tem, sei lá, um receio sobre esse povo? Todo mundo fala que eles são perigosos e não são confiáveis.

- Não, não tenho. Eu sei que é a primeira vez que vê um deles frente a frente, mas vai por mim, eles não são o que parecem, ou o que as más línguas dizem. São boas pessoas, além de serem clientes fiéis, pois eles têm uma grande paixão por doces.

- E como a senhora sabe?

- Bem, em minha juventude eu tive uma amiga lupis, assim como vários amigos do seu avô também eram. E você deveria parar de dar ouvidos ao que as más línguas falam sobre eles. Tudo o quê dizem são apenas conversa fiada dessa gente fofoqueira.

- Me desculpe, vovó. - A garota sorri, como se tivesse aprendido a lição.

Rowenna segue até o poço para buscar dois baldes de água. E enquanto caminha de volta para casa, que era nos fundos do pequeno comércio, ela topa na estrada um grupo de caçadores à cavalo, e mais atrás alguns lenhadores que transportavam madeira em carroças.

- Boa tarde, Rowenna. Como você está? - Um dos caçadores, de idade avançada e com sua espingarda de lado, questiona tirando o chapéu.

- Boa tarde, senhor Joseph. Está tudo bem, obrigada. E Melinda e as crianças como estão?

- Todos bem, obrigado por perguntar. Mande lembranças à sua avó. - O homem diz seguindo caminho.

Alguns dos rapazes que estavam o acompanhando também tira o chapéu ao passar pela ruiva.

- Rowenna, minha deusa. Quando você irá aceitar meu pedido de casamento, hein?

- No dia em que pedra der leite, Roswell. Vai sonhando. - Ela diz enquanto o moço faz um sinal de facada no peito, como se tivesse levado um golpe com suas palavras.

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