Cap. 7 - Ciúmes e Desconfianças

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Em uma certa distância, o casal observa o bordel ser consumido pelas chamas. E após um tempo as pessoas conseguem apagar o fogo, mas já era tarde. Tudo havia sido destruído.

- E as garotas? Será que morreram? - Alguns se questionam preocupados.

- Elas vão ficar bem. - Rowenna responde a pessoa e some em meio a multidão.

Após se separar de Karlayo, Rowenna começa a andar por entre as barraquinhas e todas aquelas flores que enfeitavam o local. Algumas pétalas de rosas amarelas e brancas caíam em seus cabelos enquanto caminhava por debaixo de um grande tapete alado de flores. Rosas vermelhas, brancas e amarelas, juntamente com margaridas, girassóis, tulipas, cravos, lavandas, hortências, flores de variadas cores e formas formavam a grande estrutura perfumada no centro da cidade, de frente a um chafariz, onde crianças brincavam de atirar mamonas umas nas outras.

Rowenna amava flores, lembrou-se de que sua avó também gostava e sentiu um aperto no peito, uma sensação ruim. Medo. Medo de nunca mais ver sua querida avó e ficar sozinha no mundo.

- Seja forte, Row. - Ela fala consigo mesma enquanto imaginava que dona Gertrudes não gostaria de ver sua neta franquejar diante das dificuldades encontradas pelo caminho.

Após sair de seus devaneios por conta de uma mamona que acertaram-lhe atrás da cabeça, ela se vira e vê as crianças sem graça, pedindo desculpas pela brincadeira. Ela apenas assente com a cabeça dando um sorriso de canto de boca e continua sua procura por roupas novas. A garota encontra uma lojinha e vê uma blusinha corselete vermelha com detalhes pretos, dependurada.

- Moça, eu vou querer esta daqui. - A ruiva diz apontando pra peça de roupa.

- Olá, senhorita. Esta peça está na promoção. E comprando ela, a senhorita poderá levar este lindo vestido pela metade do preço. - A vendedora fala sorrindo lhe mostrando um vestido cor de creme com detalhes pretos, simples, porém elegante.

- Que lindo! Irei ficar com os dois então. - Ela diz medindo nela para saber se o tamanho está certo, e logo após a vendedora embrulha as vestimentas e lhe entrega.

- Muito obrigada, senhorita. Tenha um bom dia! - Ela diz alegremente.

- Agradecida. Um bom dia pra você também. - A ruiva segura o pacote embaixo do braço e sai a procura do rapaz Lupi.

Após caminhar alguns minutos, o encontra perto de algumas barraquinhas de comida.

- Ah, finalmente te achei. - Ela diz segurando no ombro dele, que se vira bruscamente.

- Tava me procurando? - Ele questiona de boca cheia, pois estava se empanturrando de doces e uma maçã caramelizada.

- Sim. Já comprei o que precisava. Agora podemos procurar por mais pistas.

- Hummm... Certo. Aceita um pedacinho? - Ele pergunta lhe oferecendo um pedaço da maçã.

- Deixa eu experimentar um pouquinho pra ver se é bom. - Ela diz dando uma dentada na maçã açucarada. - Hummm... Muito boa. Só não come na parte onde eu mordi, acho que babei sem querer. - Ela fala colocando a mão na frente da boca.

- Não seja por isso. - Ele dá uma mordida no mesmo local em que ela havia mordido antes, erguendo uma das sombrancelhas enquanto olhava pra ela. - Tá sujo aqui. - Ele diz passando o dedo abaixo dos lábios da ruiva, limpando o melado de sua boca.

- Éh, obrigada. - Ela cora instantaneamente, fazendo com que seu coração disparasse apenas com um toque do rapaz em sua pele. Ela disfarça mudando de assunto. - O-onde está Gael?

ROWENNAWhere stories live. Discover now