Cap. 11 - Casal em Fuga

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Rowenna pega suas coisas juntamente com as de Karlayo, encerra a conta na hospedaria, e segue rumo a delegacia. Mesmo com tudo o que estava acontecendo e com o suposto assassino à solta, o prefeito da cidade resolveu não cancelar o festival das flores e acobertou os assassinatos da noite anterior. Afinal, a cada minuto compareciam mais visitantes para contemplar o festival, e quanto maior o número de pessoas, mais dinheiro girava em torno da economia da cidade.

Chegando na delegacia, a ruiva percebe que quase todos os homens de lei já haviam ido embora ou estavam fazendo a segurança do festival, assim restando apenas um dos guardas no recinto.

- Boa noite. - Ela diz enquanto adentra pela porta.

- Boa noite, senhorita. Em que poderia lhe ser útil? - O guarda questiona.

- Eu gostaria de falar com o rapaz Lupi que vocês prenderam hoje cedo.

- Me desculpe, mas não estamos em horário de visitas. E mesmo que estivéssemos, recebi ordens para que ele não recebesse nenhuma visita, pois ele é extremamente perigoso.

- Eu sei. Mas não poderia abrir uma excessão? Eu só preciso conversar com ele por um minuto e depois vou embora, eu juro. - Rowenna diz colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha fazendo charme.

- Bom... Acho que apenas um minuto não faria mal. Seja breve, por favor. - Ele fala encaminhando Rowenna para a cela onde Karlayo se encontrava.

- Rowenna! - Ele se manifesta animado ao vê-la, mas nota que o semblante dela é de decepção.

- Poderia nos deixar a sós por um instante? - Ela questiona o guarda.

- Claro, mas mantenha distância da cela. E se acaso precisar estarei aqui ao lado.

Ela assente com a cabeça e o moço deixa-os sozinhos.

- Rowenna, eu não sou o que dizem, por favor, acredite em mim. - Ele suplica.

- Xiiuuu... Eu sei. Acredito em você. - Rowenna cochicha se aproximando e tocando uma de suas mãos que estavam com os pulsos esfolados por conta das algemas. - O quê fizeram com você? - Ela questiona deslizando a mão em seu rosto ferido. Seu olho esquerdo estava roxo e inchado, sua boca e testa apresentavam um corte profundo.

- Está tudo bem. Fico feliz por ter vindo. - Ele beija suas mãos delicadas. - Obrigado por acreditar em mim.

- Tenho um plano pra tirar você daqui. - Ela olha para trás desconfiada. - Faça o que eu disser.

- Está bem.

- Tome, segure isto. - Ela diz lhe entregando um colar com um pingente que parecia ser uma pequena flor dissecada dentro de um vidro. - Agora segure meu braço e só solte quando o guarda chegar, vamos fazer uma cena. Confie em mim.

Karlayo meio confuso, faz o que ela pede, e Rowenna começa a se debater e gritar.

- SOCORRO! - A ruiva tenta ser o mais convincente possível para ganhar a confiança do homem de lei. - ME SOLTA!

- Hey! Solta ela seu monstro. - O guarda desfere um golpe de porrete entre as grades da cela acertando o rapaz Lupi, e ele larga a garota. - Você está bem, senhorita?

- Estou sim, obrigada moço. - Ela diz agarrada às costas do inocente guarda. - Eu vou embora. Agora sei a índole desse salafrário.

No momento em que Rowenna pega sua bolsa que havia ficado em cima da mesa, ela passa a mão em seu pescoço dando falta de seu cordão.

- Meu colar. Ele pegou meu colar. - Ela coloca sua bolsa no ombro. - Meu colar que minha avó me deu, ele roubou.

- Tem certeza disso, senhorita?

ROWENNAWhere stories live. Discover now