ROWENNA

Cap. 10 - Inocente Cativo

Rowenna apenas observa Karlayo ser praticamente arrastado com muita violência pelos homens de lei rumo a delegacia, enquanto os olhares dos curiosos pairavam sobre os mesmos.

Após conterem o incêndio e realocar os animais que lá estavam, Roswell convida Rowenna para uma conversa a sós, pois ele precisava deixá-la a par de toda a situação. Eles se dirigem até a hospedaria juntamente com a atendente e seu filho que estava todo molhado e com um ferimento feio na perna.

- Vocês podem ficar à vontade. Eu irei levar meu menino para o quarto e esperar pelo médico. Se acaso precisarem de mim, estarei no primeiro quarto à direita. - A mulher fala enquanto segue com o menino e um homem de lei que iria registrar todo o ocorrido.

- Então, Roswell, desembucha logo. - A ruiva bufa impaciente, pois estava preocupada com os ferimentos de Karlayo e de como os homens de lei o tratariam longe dos olhares da multidão.

- Rowenna, minha querida, não me leve a mal. Mas o lobisomem que diz ser seu "amigo" não é tão amigável quanto diz que é.

- Como assim?

- Seu amigo fugiu da vila quando anunciamos o decreto de fechar o local. Nenhum deles poderia sair até encontrarmos os culpados, porém, ele foi o único que nos desobedeceu fugindo para as cidades próximas.

- Não, Roswell. Deve estar havendo algum engano. O Karlayo não faria mal a...

- A quem? Malfeitores sequestradores de moças? Como os donos do bordel? - Ele a encara com uma expressão preocupada e também de ira. - Row, seguimos de nossa região até aqui, e temos vários relatos de desaparecidos nas redondezas. E agora dois mortos violentamente e um ferido gravemente. E todas as pistas levam até ele.

- Não, Ros. Alguém deve estar tentando o incriminar. Ele estava comigo o tempo todo. Não tem como ele ter sumido e matado toda essa gente. Ele é inocente.

- Tem certeza? Ele estava o tempo todo junto de você? Não houve sequer 5 minutos que ele ficou longe de suas vistas?

- Bom, na verdade sim. Mas isto não vem ao caso. Vocês não têm nenhuma prova concreta contra ele.

- Nós temos. As marcas encontradas nos falecidos são nitidamente marcas de garras. Além da testemunha, o rapaz que foi atacado. Ele diz que foi algo grande, coberto por uma capa preta, com garras nas mãos. Rowenna, vocês está ajudando o próprio demônio.

- Roswell? - Ela se levanta abruptamente não crendo no que estava ouvindo. - Eu não acredito nisso. Desde quando você ficou tão valente assim e está trabalhando com os homens de lei?

- Eu não queria lhe contar desta forma, mas sou aprendiz de delegado. Como sabe, o delegado D já está velho, cansado e caducando. E há algum tempo vem me treinando para ficar em seu lugar. - Ele segura em uma de suas mãos. - E quem sabe assim você aceita se casar comigo de vez, já que vou estar ganhando melhor do que um simples caçador, além de tudo você vai estar sozinha e...

- O quê? Quem disse que vou estar sozinha? Tenho minha avó. E nem morta vou me casar com você, Roswell. - Ela recolhe a mão e o encara com olhar de reprovação. - Eu não estou lhe reconhecendo mais, Ros. O que aconteceu com você?

- As coisas mudam, Rowenna. E as pessoas também. E eu acho melhor você ir embora pra casa, pro seu próprio bem.

- Isto é uma ameaça?

- Não, minha princesa. Jamais. Eu só quero o bem da minha futura esposa. - Ele tenta a abraçar.

- Me solta. - Ela se esquiva. - Eu não sou qualquer uma e nem estou a sua disposição. Saia da minha frente. Eu não quero mais ver essa sua fuça. Está sendo um completo babaca.

- Ainda vai me agradecer, Row. E a propósito, se o lobisomen for julgado pelos crimes, ele nunca mais verá a luz do dia. Até mais, minha deusa. - Ele se retira do recinto, deixando a garota embasbacada.

Jamais havia se passado em sua cabeça que seu amigo de infância pudesse ser tão cretino desta maneira. Porém a ruiva ficou com uma pulga atrás da orelha, e se Roswell estivesse certo? E se Karlayo for o responsável por tudo o que está acontecendo? E se ele está escondendo algo desde que se conheceram?

Dispersando tais pensamentos, ela segue até seu quarto, pega algumas coisas e vai até o banheiro para mulheres da hospedaria. O local não era muito grande, possuía um lavatório, um espelho, uma privada e um chuveiro de lata novo. O local era bastante limpo, algumas toalhas dobradas em um armário e um lampião pequeno no canto.

Após um banho demorado e fazer suas higienes, Rowenna segue até os aposentos onde se encontrava o garoto salvo por Karlayo. O médico estava terminando de suturar o estrago em sua perna.

- Bom, é isso. - Ele diz enquanto coloca uma atadura no mancebo. - Agora, ele terá de permanecer em repouso por pelo menos duas semanas, além de trocar as ataduras sempre após o banho. Esta pomada de alho irá ajudar com a cicatrização, não deixar infeccionar e também irá aliviar um pouco a dor.

- Está bem doutor. Muito obrigada. Eu o acompanho até a porta. - A mulher fala enquanto os dois saem do quarto.

Rowenna se aproxima do menino e com um sorriso inocente o mesmo pergunta por Karlayo.

- Ele vai ser julgado, mas creio que não vão demorar soltá-lo, porque eles não possuem nenhuma prova contra ele.

- É complicado. Eles sofrem muito preconceito. - O garoto torce o nariz ao se posicionar melhor na cama. - Ouvi o homem de lei dizendo pra minha mãe que foi ele que me atacou, mas eu sei que não foi ele.

- E você sabe quem fez isso com você? - Ela o questiona e ele abana a cabeça positivamente. - Você viu o rosto dele? Pode me descrever como ele era?

- Sim. - O garoto lhe descreve as mesmas características do homem que Cassandra havia visto no dia anterior. - E tem mais. Esse homem estava usando um capuz preto e ele tinha uma garra na mão direita, como as garras de um lobo. Foi aquilo que fez isso com minha perna e não o Karlayo, como eles me pediram pra falar.

- Os homens de lei pediram pra você dizer que foi o Karlayo que fez isso?

- Sim. Não sei por qual motivo. Mas eu não vou mentir, Karlayo é inocente e me salvou. - Ele fala enquanto observa se sua mãe não havia voltado. - Eu tenho idade o suficiente pra saber que o que estão fazendo com ele é errado.

- Eu sei. E foi bom você ter me contado isso. - Ela passa a mão em seu rosto, dando um sorriso. - Obrigada por ser verdadeiro. Seja sempre assim, correto e justo. Agora tenho que ir ajudar um amigo. - Ela fala dando uma piscadela.

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Oiê Pessoal!!
Tatu do Bem com Vocês?
Desculpe a demora pra Atualizar, tava com Bloqueio!! (ب_ب)

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Gentes, Feliz Ano Novo pra Todos Nós e q esse Ano seja Melhor em Todas as Formas!!

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Um Abração e Até o Próximo Capítulo!! 🧡