10. O MEU ERRO

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"Que bom que conseguiu se juntar a nós hoje, lady Baumann

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"Que bom que conseguiu se juntar a nós hoje, lady Baumann. O seu pai nos falou que estava indisposta e que por isso optou por fazer as suas refeições no quarto ontem", Irene Maximoff, também conhecida como a rainha de Orion, comenta durante o café-da-manhã. "Até sugeri que chamássemos o médico, mas Johannes me garantiu que não era nada grave".

"Foi apenas uma inconveniente enxaqueca, majestade", dou-lhe o meu sorriso mais simpático ao respondê-la, o que, nesse instante, parece falso até para mim mesma.

A verdade é que, no fundo, ainda não me sinto suficientemente bem para estar sentada à mesa entre as figuras mais importantes do país. No entanto, permanecer por mais um dia no quarto levantaria suspeitas inconvenientes sobre a ser mesmo apenas uma enxaqueca. Não duvido que papai acabaria cedendo quanto a chamar um médico e então eu estaria em sérios apuros. Apuros que, definitivamente, preciso evitar.

"Que bom que foi apenas isso, querida", rainha Irene continua.

Felizmente, como ninguém além dela parece ter o mesmo interesse na minha saúde, logo os assuntos à mesa mudam para pautas das reuniões entre o rei e os governantes de cada região ou para conversas paralelas frívolas, como o drama da princesa Elisabeth em não querer casar com um príncipe de outro país. Sinceramente, se eu não soubesse que seria advertida por isso, reviraria os olhos.

"Está mesmo bem, não é?", a pergunta vem do outro lado da mesa, onde olhos castanhos como pôr do sol me observam com genuína preocupação.

Diferente do sorriso oferecido anteriormente à rainha, o que lhe ofereço nem ao menos tenta fingir simpatia.

"Estou, vossa alteza. Fico grata pela sua preocupação", ter ficado presa em meus aposentos não me impediu de cultivar a raiva que senti por ter sido trocada por ele. Na verdade, acho até que multiplicou, coisa que o príncipe parece ter entendido quando engole em seco.

"Lady Baumann", a voz de taquara-rachada da lady Antonella Lawrence me chamando faz com que tenha de desviar os olhos para ela, que está sentada ao lado da princesa Elisabeth. "Gostaria de se juntar a nós para um chá após o café-da-manhã?".

Se eu pudesse ser sincera, diria que não e que não consigo imaginar programa mais entediante que tomar chá com ela e com quem seja lá que for o restante do "nós". No entanto, em um lugar onde aparência é tudo como no palácio real de Orion, não posso me dar a esse luxo.

"É claro, lady Lawrence. Será um grande prazer", minha boca treme ao ser forçada a sorrir outra vez.

No fim, o "nós" é composto por Antonella, Elisabeth e Cassiopeia, com quem sigo até a sala particular da rainha.

"Mamãe visitará uma ONG hoje, então poderemos ficar aqui por tempo indeterminado", a princesa informa, exalando o ar arrogante e detestável de sempre.

SOBRE UM PRÍNCIPE E AMORES ARTIFICIAIS [COMPLETO] Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz