[Este é o segundo livro da saga da realeza de Orion, mas pode ser lido individualmente]
Mesmo que disfarçassem, muitos eram os que sabiam na corte real sobre o romance de idas e vindas existente entre o príncipe Leonard Greenhunter e a Lady da casa...
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"E então? Como eu estou?", volto-me para Edwin, que parece incerto sobre ter ouvido direito.
"Quer mesmo saber a minha opinião, vossa alteza?".
"Por acaso eu escolhi um terno péssimo?", viro-me de novo para o espelho de corpo inteiro e avalio o tom azul royal da roupa de outro ângulo.
"É uma escolha ousada, mas eu ia dizer que combina. Só fiquei surpreso por querer a minha opinião quando nunca foi disso", Edwin explica.
"Ah...", olho-o pelo espelho, sentindo-me um pouco idiota. "Talvez eu esteja nervoso", admito.
Para o resto dos convidados, pode ser apenas a inauguração de um bom restaurante, mas, para mim, será a primeira oportunidade de mostrar ao mundo que a minha namorada é Sofya. É claro que estou nervoso.
"De qualquer forma, alteza", Edwin me tira dos meus devaneios. "Seria bom se apressar. É indelicado que se atrase".
"O que seria de mim sem você para me ajudar sempre, Edwin?", a pergunta é retórica, porque a resposta é óbvia para nós dois: eu estaria em sérios apuros. Ainda maiores dos que já estive.
Verifico o nó da minha gravata uma última vez, arrumo os fios do meu cabelo e sorrio para o meu reflexo quando aprovo o resultado.
"Vamos".
Assim que saímos dos meus aposentos, encontramos Kyle e o seu assessor, Gideon, ambos parecendo ansiosos.
"Finalmente!", o meu irmão exclama. "Nossos pais e Nik já foram, o que significa que só sobramos nós dois".
"E a Lizzie?".
"Ficou de ir se arrumar no espaço de beleza da madame Katrina, esqueceu? Ela e as outras garotas, incluso nossas namoradas", Kyle me lembra. "Elas irão para o Camelot direto de lá".
"Então somos nós".
Como a assessoria não costuma nos acompanhar nos eventos, Gideon e Edwin ficam no palácio enquanto Kyle e eu seguimos com um motorista em um dos carros disponíveis para uso comum e guardas reais nos seguem em outro carro. Nada de novo sob a coroa de Emmaline.
"Eu ainda estou me perguntando como a mamãe conseguiu convencer o nosso pai de largar toda a pilha de trabalho dele para ir nessa inauguração conosco", Kyle fala, pensativo.
"Chantagem emocional, talvez?".
Levando em conta o quão afastado de nós o grande Timotheo IV anda sendo nos últimos meses, ainda mais que o normal, eu não duvidaria da possibilidade de Irene Maximoff apelar para um jogo sujo. A verdade é que, apesar de ela nunca admitir, mamãe deve se sentir sozinha sendo casada com um rei.
"Você está nervoso sobre assumir o seu namoro publicamente?", Kyle acaba mudando de assunto, talvez porque falar dos nossos pais sempre se revela como um incômodo.