33. A TERCEIRA VERDADE

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Quando saímos para o jardim, Leonard me conta o que aconteceu depois que nos encontramos no orfanato

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Quando saímos para o jardim, Leonard me conta o que aconteceu depois que nos encontramos no orfanato. O príncipe diz que ele e a lady Baumann foram para a residência dela, mas que ele não pôde conversar com Taylor como pedi que fizesse e resolveu então se voltar para a aceitação dos nossos pais, a fim de "minar todos os obstáculos".

"Então está me dizendo que resolveu falar com os nossos pais sobre nós hoje apenas porque você não conseguiu falar com a Taylor primeiro?", semicerro os olhos, tentando soltar a minha mão da do príncipe, que a segura com mais firmeza.

"Não fique chateada, Amendoim. Eu só não falei com a Taylor porque o pai dela a estava esperando quando chegamos e exigiu conversar com ela primeiro", Leonard se explica. "Mas prometo que farei isso assim que possível. Amanhã mesmo, se quiser".

"Desde que não vá parar na mídia de novo por beijá-la em público...", provoco.

"Sabe que eu não...".

"Eu sei", interrompo-o. "Se não acreditasse em você, não estaria aqui. Não sou estúpida".

"Com certeza não", Leo me puxa mais para perto e solta a minha mão apenas para envolver o meu ombro de forma estranha, dado o fato de que ele é generosamente mais alto do que eu. "O seus pés não estão doendo?", ele observa os meus tênis cor-de-rosa com os lábios em uma linha tensa, expressando certo desgosto.

"Doem, mas já estou acostumada a isso. Eu danço há muitos anos", digo.

"O que te fez começar?", gosto do modo como os olhos âmbar dele me observam com interesse e garantem que ele pergunta por curiosidade e por gostar de me ouvir como gosto de ouvi-lo também.

"A minha mãe biológica", respondo. "Ela era bailarina e me inseriu nesse mundo desde pequena, mas só tomei gosto mesmo quando ela se foi".

Parecendo perceber que é um tópico delicado, Leo assente. No fundo, tenho certeza de que ele gostaria de saber mais, mas que espera que eu possa fazer isso voluntariamente e tal coisa me faz gostar dele um pouquinho mais, se é que é possível.

Talvez um dia, quando tivermos um relacionamento um pouco mais forte, eu lhe fale sobre como a minha mãe afundou nas mãos do homem errado e isso custou a sua carreira e até a própria vida; sobre o período no orfanato e sobre como os Tomlinson me acolheram depois disso.

Por enquanto, porém, temos outros assuntos mais urgentes para tratar.

"Ela vai entender e parar de nos importunar, não vai?", pergunto, retornando ao tópico tão frequente entre nós, o da lady Taylor Baumann. "Não sei exatamente o que vocês tiveram, mas achei que houvesse acabado porque ela o traiu".

"Acabou para mim, mas, aparentemente, não para ela", Leonard para de andar e me obriga a fazer o mesmo. Nesse momento, estamos os dois parados perto da entrada do labirinto onde encontrei lady Cassiopeia antes e do banco onde, várias noites atrás, esse mesmo príncipe tirou espinhos de mim. "Não me peça para explicar a Taylor. Sou mesmo um idiota e gostei dela sem sequer conhecê-la para além da imagem que ela mostra a todos. Porém, acho que, por ter sido eu o que acabou com tudo, isso a desorientou e a fez pôr na cabeça que me teria de volta a todo custo. E sabe o que é pior nisso?", quando balanço a cabeça em negação, o príncipe conclui: "tenho certeza que teria voltado com ela se não fosse por você, Sofya".

SOBRE UM PRÍNCIPE E AMORES ARTIFICIAIS [COMPLETO] Where stories live. Discover now