Capítulo 15 - Trust

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Steve Rogers Narrando

– Me conte o que houve, Nat... – a incentivei a falar tentando passar confiança pelo meu olhar. Ela estava nervosa e eu já havia percebido sua inquietação desde a hora do jantar, que segundo ela era apenas uma dor de cabeça, porém eu conhecia muito bem aquela mulher para acreditar que seu nervosismo e sua inquietação eram uma simples dor de cabeça.

– Steve, eu e Carol não saímos para jantar como ela disse, nós não nos demos tão bem quanto você pensa e para falar bem a verdade, nós nem chegamos a conversar por uma hora... – Natasha suspirou fundo e eu esperei que ela continuasse, sabia que tinha uma justificativa para tudo aquilo e que algo a mais havia acontecido para ela estar nervosa daquele jeito – Na terça-feira, assim que sai da loja, eu fui até onde Carol trabalha para que pudéssemos conversar e tentar nos entender como você havia sugerido, eu estava bem empenhada a começar uma amizade com a sua irmã e disposta a me dar bem ela, mas assim que entrei em sua sala, presenciei uma cena um tanto quanto desconfortável – ela franziu o cenho e pigarreou, balançando a cabeça com a lembrança.

– O que você viu? – perguntei impaciente, querendo saber de uma vez o que Natasha havia visto que tinha a deixado daquela forma.

– Carol estava aos beijos com Bart... – ela disse baixinho e de olhos fechados.

– Bart? Bart, o chefe dela? – perguntei exaltado e ela assentiu da mesma forma em que me falou aquilo. Eu realmente não estava conseguindo acreditar no que havia acabado de escutar… Carol, minha irmã caçula, aos beijos com seu chefe? Mas por quê?– Não pode ser, como assim? Não, não, você só pode ter visto errado, Natasha, tem certeza que era Bart?

– Absoluta! – ela assentiu suspirando fundo e eu me levantei da cama e comecei a andar de um lado para o outro.

– Bart é casado, Natasha, casado! Carol não pode ser amante desse homem, eu não admito isso! Meu Deus o que Carol tem na cabeça para fazer algo assim?

– Ela o seduziu e está indo para cama com ele porque quer que seu projeto, aquele das casas ecológicas do condomínio, seja escolhido... – Natasha disse igualmente baixinho e eu simplesmente explodi com o que havia acabado de escutar. Aquilo só podia ser mentira, um pesadelo, uma piada de mau gosto. Onde estavam as câmeras? Onde estava a equipe de gravação do programa que me pregavam aquela peça.

– Não pode ser, Natasha, não pode ser! – rosnei furioso – Não não não e não! Sem chances, não pode ser! Carol não faria isso!

– Ela me pediu para guardar segredo, para que eu não contasse para você e me prometeu que iria parar com aquilo assim que seu projeto fosse escolhido, mas eu não aguentei Steve, eu não consigo mentir para você e achava que devesse de saber disso...

– Isso é um absurdo, Natasha... – disse incrédulo e rindo da situação infeliz em que me encontrava.

Eu sabia que minha irmã não era santa, na verdade havia descoberto isso há pouco tempo mas nunca pensara que ela fosse chegar a esse ponto. Definitivamente, decepção era pouco para o que eu estava sentindo.

– Você não acredita em mim, não é? – Natasha perguntou ainda mais baixo e abaixou a cabeça mostrando-se decepcionada e ao mesmo tempo envergonhada com aquilo – Eu sabia que você não iria acreditar em mim, não deveria ter te contado isso...

– Não Natasha, não é que eu não acredite em você, eu não quero acreditar em você, é diferente... Eu não quero acreditar que minha irmã esteja fazendo isso, não quero acreditar no absurdo que eu ouvi... Me fale que isso é um pesadelo, uma piada sem graça ou que é mentira, que você está mentindo para mim.

New Life - RomanogersWhere stories live. Discover now