Especial. Your body is my religion

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Especialmente dedicado à Cass e a Shy. A Bruh, e a Bia, que revisou parte do capítulo e me encorajou a continuar. Realmente espero que gostem – ainda me sinto um pouco receosa. Me esforcei muito para não decepcioná-los.

Obrigada por tudo, por todos que leram até aqui e aguardaram isso tanto quanto eu.

Atenção: contém cenas de sexo, palavreado explícito e semi-explícito, sacrilégio, fantasias sexuais e afins. Se, por alguma razão, se sente incomodado, não leia.

Não estava anoitecendo – eram apenas quatro da tarde. Mas, ainda assim, o céu estava escuro, com nuvens pesadas e cinzentas, um ar quase fúnebre. Fazia frio, atípico para o mês, mas Doncaster não era exatamente uma cidade normal.

Louis e Harry desceram a rua da praça de mãos dadas, como costumeiro. Louis, embora ainda estivesse lidando com todo o processo de aceitação, sentia-se surpreendentemente bem naquele momento, como se dar as mãos ao namorado fosse cotidianamente normal – e era para ser, de qualquer modo. Suas mãos se encaixavam de uma maneira espantosamente perfeita. Harry tinha os dedos grandes e quentes, que se entrelaçavam e apertavam as mãos pequenas e vergonhosamente delicadas de Louis, cobrindo-as e esquentando-as. Ainda assim, o garoto de mãos menores (e vergonhosamente delicadas também) gostava de estar enlaçado com as mãos grandes e aconchegantes do maior.

Louis usava uma jaqueta grossa – de Harry. Era óbvio. A peça era o suficiente para mantê-lo aquecido contra as rajadas gélidas de vento que sacolejavam as árvores, enquanto Harry não parecia nem um pouco incomodado em estar usando somente uma fina camiseta preta de mangas curtas. Talvez a imunidade ao frio estivesse entre suas – infinitas, incontáveis, inacreditáveis, estupendas e outros adjetivos que Louis acrescentaria com gosto – habilidades.

De qualquer maneira, desciam a rua, cortando a praça, andando calmamente, sem pressa. Não haviam muitas pessoas, a maioria ainda trabalhando ou abrigadas confortavelmente em suas residências, aquecendo-se do súbito frio que acometera a cidade. Os garotos haviam ido almoçar em um ótimo restaurante tailandês recém-aberto que Louis adorara – e nada satisfazia Harry mais que agradar Louis.

Bem, quase nada.

Foi quando viraram a esquina que Louis teve a ideia de entrar na peculiarmente pequena, porém charmosa e opulenta, igreja de St. George. Se erguia, imponente, cercada por jardins e grama muito verde.

O garoto de orbes muito azuis virou-se para o namorado, trabalhando em sua melhor cara de coitado. Não era preciso de tudo aquilo para que Harry se convencesse a fazer qualquer coisa pelo garoto, mas um incentivo a mais seria muito bem-vindo.

O Styles resmungou, parando de andar em um súbito e colocando uma carranca no rosto. Depois de tudo, ainda não se sentia bem em igrejas ou qualquer coisa que fosse – especialmente naquela igreja.

Mesmo que tivesse lembranças boas – até demais – da última vez que pisou do lado de dentro.

– Por favor, Harry. – o garoto fez um bico, e Harry se perguntou se algum dia sobreviveria a Louis Tomlinson e seus mimos. Ou a qualquer coisa relacionada minimamente a Louis Tomlinson – Não deve haver ninguém essa hora, e eu preciso muito ir lá. Você sabe disso. – seu tom era tagarelante e um tanto quanto acusatório.

Harry suspirou. Infelizmente, ele sabia. Ainda que trabalhasse na questão de aceitar a religiosidade demasiada de Louis, era difícil ceder a todos os seus pedidos relacionados àquilo. Sabia, também, que era importante para o garoto ao menos entrar na abadia, nem que fosse por alguns minutos. Desde que Louis convencera-se a expor o relacionamento deles, vivia inseguro quanto a opinião alheia e evitara retornar ao lugar – com medo. Arriscaram-se indo a uma das missas celebradas (e Harry tinha ótimas recordações daquilo), mas soube na mesma hora que não seria bem-vindo se continuasse com seu estável e perfeitamente aceitável relacionamento com Harry.

Unholy (Larry Stylinson AU Religious!Louis)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora